Tupi empata em casa com o Ava? e se mantêm na Zona do Rebaixamento
Tupi empata em casa com o Avaí e se mantém na Zona do Rebaixamento
De um lado, um time que tinha acabado de recuperar a confiança. Do outro, uma equipe que não sabia o que era vencer há cinco jogos. Em comum apenas o desejo de vencer para se afastar da Zona do Rebaixamento. Porém, o 1 a 1 não foi bom para ninguém. O Tupi continuou no Z-4, enquanto o Avaí seguiu o martírio de jogos sem vitórias.
Estevam Soares manteve o mesmo time que bateu o Bahia, na última terça-feira. Logo aos dois minutos, Rubens arriscou de fora da área e Renan teve dificuldade para defender. No mesmo lance, Hiroshi sentiu um problema na coxa e teve que ser substituído. Notícia péssima para o torcedor carijó. O camisa 37 deve ficar em torno de um mês fora de ação.
Thiago Silvy entrou no lugar de Hiroshi. Taticamente, a o desenho não mudou, continuou o 4-3-2-1. Mas, tecnicamente, houve uma mudança drástica. Hiroshi é um jogador técnico, com boa visão, excelente passe e ótimo chute de fora. Silvy é atacante, com um bom poder de finalização, mas não sabe organizar as jogadas.
Se já não bastasse a lesão do meia, Henrique tomou uma pancada na coxa e também pediu para ser substituído. No seu lugar, entrou Jonathan. Com isso, Vinícius Kiss foi recuado para a lateral-direita.
Tudo indicava que seria mais uma noite de azar para o alvinegro. Porém, numa jogada que contou com a participação dos dois jogadores que entraram, o Tupi abriu o placar. Silvy cruzou da direita, nenhum zagueiro do Avaí cortou, e a bola sobrou para Jonathan, que num lindo sem pulo colocou no canto direito de Renan.
A resposta catarinense veio minutos depois. Rômulo recebeu na direita e cruzou rasteiro para Willian, que sozinho jogou por cima, perdendo uma chance inacreditável.
O jogo era bem disputado, e nenhuma equipe conseguia se impor perante a outra. Com o passar do tempo, ficava clara a dependência que o Tupi tinha de Hiroshi na articulação das jogadas. O time ficava com a posse da bola, mas na hora do último passe, acaba pecando. Tanto que demorou 15 minutos para sair uma chance perigosa pelo lado mandante. E foi num contra-ataque. Serrato roubou bola no meio de campo, arrancou pela intermediária e rolou para Silvy. O camisa 11 fez tudo certo. Deixou o zagueiro do Avaí no chão e ajeitou o corpo, só que na hora da batida pegou mal e isolou.
O Leão de Santa Catarina pouco chegava com a bola rolando. As principais eram através de bolas alçadas na área. Só que a zaga carijó estava muito bem. Bruno Costa não perdia uma no alto e Rafael Santos passava uma segurança que há tempos não se via debaixo das traves.
No último lance da primeira etapa, Kiss arrancou pela direita e rolou para Rubens dentro da área. Ele girou pra cima da marcação e bateu pro gol, para boa defesa de Renan.
A tônica do segundo tempo foi diferente. O Tupi se acomodou com a vantagem, e tinha cada vez mais dificuldade de organizar as jogadas. Silvy errava praticamente tudo que tentava. Filipe Alves também não estava nos seus melhores dias. Com Jataí preso na marcação, apenas Serrato tinha qualidade técnica para municiar Rubens, que tentava sair da área para ajudar ofensivamente, mas também não tinha sucesso.
Aos 14 minutos, Diego Jardel recebeu pela direita, cortou para o meio e "soltou a bomba". Rafael Santos quase se complicou, mas conseguiu colocar para escanteio. Dois minutos depois, Jajá acertou belo lançamento de três dedos para Rômulo, que sozinho só teve trabalho de colocar pro fundo do barbante.
Por incrível que pareça, o gol do Avaí não colocou fogo no jogo. Ao contrário, ele foi se tornando cada vez mais frio. Parecia que para os visitantes, o empate era um bom resultado, mesmo vindo de cinco jogos sem vencer. Para o Tupi, a igualdade não era nada bom, pois não tirava a equipe do Z-4.
Com o time desorganizado e tendo queimado duas substituições por lesão, Estevam preferiu consertar o meio de campo colocando Sacilotto no lugar de Filipe Alves.
Mesmo com a mudança, o time não conseguia ser efetivo na troca de passes. Na base do "abafa", tentava chegar na frente, principalmente com jogadas pelas laterais, que não se mostravam efetivas.
Nos últimos minutos, se ensaiou uma pressão. Sacilotto cobrou falta e a bola passou perto da trave esquerda de Renan, depois de desvio de um jogador alvinegro.
No "apagar das luzes", quase o gol da vitória. Sacilotto cobrou arremesso lateral na área. A zaga do Avaí deixou ela passar, e assim como no lance do primeiro gol, a bola sobrou para Jonathan, que emendou de primeira. Porém, dessa vez, a pelota explodiu na trave, para desespero dos pouco mais de mil torcedores que compareceram no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.
Com o resultado, o Tupi se manteve na Zona do Rebaixamento, com 9 pontos. A próxima partida "vale seis pontos", já que encara o Sampaio Corrêa, lanterna da Série B, terça-feira, às 20h30, em São Luís do Maranhão.
Estatísticas
Ficha Técnica
Tupi: Rafael Santos; Henrique (Jonathan), Bruno Costa, Rodolfo Mol e Douglas; Filipe Alves (Gabriel Sacilotto), Rafael Jataí, Marcos Serrato, Hiroshi (Thiago Silvy) e Vinícius Kiss; Rubens. Técnico: Estevam Soares
Avaí: Renan; Renato, Fábio Sanches, Gabriel e Célio Santos (Capa); Braga (Caio César), Jajá (Alemão), Luan e Diego Jardel; Willian e Rômulo. Técnico: Silas
Arbitragem: Gilberto Rodrigues Castro Junior (PE), auxiliado por Silbert Faria Sisquim (RJ) e Gilberto Freire de Farias (PE).
Renda e Público: 1.072 (768 pagantes) / R$15.195,00
*Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.
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