"Robaldinho" e a pressão em Cristovão
"Robaldinho" e a pressão em Cristovão
Afirmo isso por ter acompanhado a primeira estadia de R10 no Rio de Janeiro, quando vestiu a camisa do Flamengo. Em pouco mais de 1 ano atuando na Gávea, o meia "encheu os olhos" do torcedor em cinco ou seis partidas, contando com o show que deu na Vila Belmiro, quando comandou o rubro-negro na vitória por 5 a 4 sobre o Santos de Neymar.
Desde 2006, quando começou o declínio da sua carreira, Ronaldinho atuou bem apenas um ano, entre metade de 2012 e 2013, quando vestiu a camisa do Atlético-MG e foi importante para a conquista da Libertadores. Repito, em 9 anos de carreira, jogou muito em apenas 1 ano. Muito pouco para um jogador que vai custar R$800 mil por mês. A fase do gaúcho é tão ruim, que foi chamado de "Robaldinho" quando vestia a camisa do Querétaro, do México, por conta das suas noitadas picantes no país latino.
Tudo isso mostra que é uma contratação arriscada por parte do Tricolor das Laranjeiras. A possibilidade de chance de dar errado é muito grande, e o jogador vem mostrando ao longo dos anos que não quer mais saber de competitividade. Ele foi literalmente "chutado" do México por conta da vida noturna e indisciplina no vestiário. Qual a garantia de que ele vai fazer diferente no Rio de Janeiro? Usar o argumento de que quando ele quer, pode jogar em alto nível, é muito pouco para esse grau de investimento. O Fluminense está com o time arrumado e precisa de jogadores que vão vestir a camisa e agregar tecnicamente e taticamente a equipe, e não de um jogador estrela que não aceita a reserva. A contratação de Ronaldinho Gaúcho mostra a mentalidade atrasada dos dirigentes brasileiros. Infelizmente, muitos de nós ainda temos na mente todas as genialidades que o ex-camisa 10 da Seleção fez com a bola nos pés. Contudo, essa época já passou, e nunca mais vai voltar.