A vitória veio, mas os problemas não acabaram
A vitória veio, mas os problemas não acabaram
A vitória, em suma, pode ser colocada na conta de Ricardo Drubscky, que mexeu bem na equipe, colocando em campo o meia Hiroshi, no lugar de Ygor, ainda no primeiro tempo, melhorando o toque de bola, jogando mais pelas pontas, por conta do gramado pesado, devido às fortes chuvas. Como tem sido de praxe no alvinegro nas últimas temporadas, bons treinadores tem conseguido ajustar e montar bons times, acima do que se espera do Carijó. Infelizmente, alguns torcedores só observam o que acontece dentro das quatro linhas, não se importando com toda a questão administrativa do clube. É muito fácil perceber que, mesmo na Série B, o Tupi é um time de quarta divisão, administrativamente falando.
Em relação à resposta do Cloves Santos, Vice Presidente do Conselho Gestor, sobre meu último post, só tenho a declarar que me impressiona muito o fato dele tirar toda sua responsabilidade das questões que eu citei. Isso me mostra duas coisas. A primeira: o Tupi é muito desorganizado, onde os membros da diretoria não sabem o que está acontecendo com os outros departamentos, demonstrando uma fraca organização entre as pessoas; e a segunda é a de que, cada vez mais, percebemos o quão amador é o "Fantasma do Mineirão". Afinal de contas, no futebol de hoje, a administração é tão importante quanto o que é jogado dentro de campo.
A vitória da um gás para ver se o time reage na competição, porém, está longe de livrar de todos os problemas que o clube vem passando fora de campo. O mais impressionante foi perceber que o meu posicionamento a respeito do Cloves é compartilhado por outros torcedores, que percebem que a atual situação pode trazer graves prejuízos ao longo do ano. O meu maior medo para o resto da temporada é que o treinador chegue a conclusão que esse time é fraco para a Segunda Divisão, haja uma reformulação no elenco, novos jogadores são contratados, e, ao contrário do que vem acontecendo nos últimos anos, os atletas não encaixem, e, no desespero, vários outros sejam contratados, aumentando ainda mais as dívidas da instituição, que nos anos seguintes, podem trazer graves problemas à futuras administrações.
Pode parecer um cenário de pessimismo, mas, cabe a reflexão. O caminho que o Tupi segue é o melhor? Eu já tenho minha opinião e você?
Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras", estagiário da Rádio CBN Juiz de Fora e editor e apresentador do programa Mosaico é nascido e criado em Juiz de Fora.
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