Realize o sonho de uma crian?a, no projeto Papai Noel dos Correios.
Ou?a o que a psic?loga J?lia Guedes fala sobre o projeto. Clique no ?cone
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Rep?rter: S?lvia Zoche
Edi??o: Ludmila Gusman
Designer: Cledson Lopes
Dezembro/2004
Muitas crian?as acreditam que se mandarem uma carta para Papai Noel ter?o
seus sonhos realizados. Elas n?o sabem o endere?o do bom velhinho, por isso entregam
a miss?o para os Correios.
Para que os desejos - pelo menos de algumas e, quem sabe algum dia de todas
as crian?as - possam se realizar, foi criado h? 15
anos o projeto Papai Noel dos Correios. A id?ia ? que as pessoas
adotem uma cartinha com um sonho de natal. Em uma mesa est?o os diversos pedidos e quem quiser ser padrinho, escolhe a mensagem que puder atender.
Foi o que fez o casal Silvana Helen Isidoro Souza e Dem?trios
Xavier Gomes (foto abaixo). Este ano ? o primeiro em que servem de padrinho para uma
crian?a. Apesar do projeto existir h? 15 anos, eles s? tomaram conhecimento agora. Silvana achou f?cil o processo e nada burocr?tico. Depois de ler
algumas das correspond?ncias, eles optaram pelo pedido de uma menina. "Ela
pede uma mochila para ela e material escolar para os irm?os, al?m de cesta
b?sica para a fam?lia. Escolhemos esta, por estar dentro de nossas
possibilidades", diz Silvana.
Como a menina n?o especificou quantos irm?os possui
(afinal, Papai Noel conhece todo mundo), Dem?trios vai at? o local onde a menina mora
para ver se descobre. "N?o sei se vai dar certo, mas ? uma tentativa". Para
n?o haver constrangimento no dia da distribui??o dos presentes, o casal prefere que
os Correios fa?am a entrega. Mas isso fica a crit?rio de cada um. "N?s temos receio que a quantidade de presentes
n?o seja suficiente. Mas quem sabe ano que vem n?s n?o entregamos
pessoalmente, j? que a cartinha fica com a gente", diz Silvana. Assim como Silvana e Dem?trios, qualquer pessoa pode ir aos Correios e
escolher uma carta.
Quero ser Papai Noel
Ao chegar no correio e perguntar sobre as cartinhas, pode ter certeza que
qualquer funcion?rio vai saber te indicar a sala dos pedidos.
Todos est?o juntos nesta causa.
E n?o existe idade para colaborar. Mas o prazo vai at? o dia 20 de
dezembro (segunda). Neste mesmo dia, as distribui?es dos presentes
come?am. Ent?o, fique atento (ou atenta)!
Segundo a respons?vel pela realiza??o do projeto, em Juiz de Fora, psic?loga J?lia Maria Guedes
Paiva, a maioria das cartas pedem cesta b?sica. ? claro que os
brinquedos tamb?m s?o requisitados, mas existem crian?as que pedem empregos
para os pais, material escolar. "Tem gente que sonha alto demais e algumas
pessoas que querem ser padrinhos ficam indignadas. Mas a carta vem como a
tentativa de realizar um desejo. E cada um sonha o que quiser", diz.
Volume de pedidos
Das mais trezentas cartas que chegaram at? o dia 08 de dezembro (quarta),
cerca de 132 cartas foram apadrinhadas. A psic?loga (foto ao lado), diz que este ano houve um aumento
no n?mero de cartas. "A todo momento chegam as correspond?ncias para o Papai
Noel". Para ter um melhor controle, as cartas que chegam s?o digitadas no
computador. "Fazemos isso para conhecer os pedidos. Tem gente que nos envia
mais de uma carta e esse n?o ? o objetivo do projeto. A inten??o ? atender a
pessoas carentes de nossa cidade", explica J?lia.
Al?m de Juiz de Fora, cartas de crian?as de cidades pr?ximas tamb?m chegam
aos Correios. "Como centralizamos os servi?os aqui na cidade, as cartinhas
de regi?es pr?ximas tamb?m chegam, mas ? mais dif?cil atender".
Para n?o deixar as crian?as desiludidas, os Correios padronizam uma resposta
para os pedidos n?o realizados. "Respondemos como se
fossemos o Papai Noel. Por isso ? importante que as pessoas saibam e
participem do projeto, para que mais crian?as sejam atendidas", explica.
No meio de tantas cartas, existem tamb?m pedidos de vov?s para seus filhos
e netos. "J? fui, algumas vezes, entregar presentes, mas fui vestida de
carteiro", conta J?lia. Numa dessas entregas, ela diz que uma senhora com
aproximadamente oito netos, recebeu a equipe dos Correios. "? prazeroso para
quem recebe o presente. Mas quem d?, se sente gratificado".