Gasto de energia com pisca-pisca pode ser reduzido
Gasto de energia com pisca-pisca pode ser reduzidoObservar a potência das lâmpadas e reduzir o tempo em que o aparelho ficará ligado pode ajudar a diminuir o consumo de energia elétrica e o impacto na conta
Repórter
25/11/2009
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O gasto de energia elétrica causado pela instalação de pisca-piscas decorativos pode ser reduzido se observadas as peculiaridades do ornamento e o tempo em que fica ligado. Estimativa da Cemig aponta que um conjunto padrão de cem microlâmpadas, com 50 W de potência, consome 16,5 KWh/mês. Se ligado por 11 horas diárias, das 19h às 6h da manhã, por exemplo, pode significar um aumento de R$ 8,30 na conta de energia.
No entanto, o engenheiro de soluções energéticas da companhia, Leonardo Resende Rivetti, afirma que podem ser utilizados aparelhos com potência reduzida para que o acréscimo na conta seja menor. "O consumo está ligado à potência do aparelho em watts e o tempo durante o qual fica ligado."
Segundo Rivetti, o consumo por conjunto de cem lâmpadas não é considerado elevado, mas levando-se em conta que o maior gasto de energia no ano ocorre no mês de dezembro, a economia nos pisca-piscas pode aliviar o bolso do consumidor. "Existem microlâmpadas no mercado com potência que varia entre 45 W e 50 W. Os leds [diodos semicondutores que ao serem energizados emitem luz] são ainda mais econômicos, apresentando potência de 30 W. Podem ser uma boa opção."
Rivetti informa ainda que as microlâmpadas que piscam podem consumir menos que aquelas que ficam só acesas, entretanto, a diferença é ínfima. A redução do tempo pode causar queda considerável no consumo. Se ligado por apenas cinco horas por dia, das 19h às 24h, por exemplo, o consumo cai para 7,5 KWh/mês, o que equivale a R$ 3,75 a mais na conta.
Segurança na instalação
A Cemig recomenda que os pisca-piscas sejam preferencialmente instalados por profissional da área de eletricidade. É preciso ainda seguir corretamente as orientações do catálogo ou do manual de instruções do fabricante. É importante evitar a instalação em área sujeita à chuva ou alagamentos e em estrutura metálica e pontiaguda. Após instalação, devem ser verificados e corrigidos quaisquer pontos de aquecimento. A fiação deve sempre estar fora do alcance de crianças.
Caso os ornamentos sejam instalados em conjuntos para fachada de prédio, com necessidade de potência mais elevada, o serviço de engenheiro, técnico ou eletricista para dimensionar a fiação e a proteção do circuito de acordo com a carga a ser ligada é indispensável.
Para evitar sobrecarga, as instalações devem ser compatíveis com o acréscimo de carga. Antes de ligar o plug em tomadas já utilizadas por outros aparelhos, é importante consultar um eletricista para verificar se as instalações são adequadas. A sobrecarga de energia pode provocar um incêndio. Emendas e isolamentos devem ser bem feitos a fim de que não haja aquecimento nem aumento no consumo de energia.
Cuidados antes de comprar o pisca-pisca
De acordo com o gerente de Fiscalização e Verificação de Produtos do Instituto de Pesos e Medidas de Minas Gerais (Ipem-MG), Raimundo Mendes, a embalagem dos pisca-piscas deve conter informações sobre a tensão dos produtos (em volts), a potência (em watts) e a marca do fornecedor. O plug e a fiação não precisam de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), mas devem possuir dado referente à corrente elétrica (em ampères).
"O Ipem-MG planeja realizar fiscalizações a fim de verificar irregularidades desse tipo de artefato nos próximos dias. O comerciante que portar produto irregular pode ter as lâmpadas apreendidas caso não apresente nota fiscal. O lojista que vender pisca-piscas irregulares pode ser autuado." Denúncias podem ser realizadas pelo telefone 0800-335-335.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes