Cuidado para não se tornar um elefante

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::: 15/03/2004



Voc? j? percebeu quantas analogias ou express?es est?o ligadas ? figura do elefante. Ele ? a representa??o do pesado e lento. ? o nada singelo apelido do obeso. Um termo muito comum ? "Elefante Branco" que, segundo o Aur?lio, significa: 1. Presente que, n?o sendo mau, d? muito trabalho, muita importuna??o. 2. Coisa de pouca ou nenhuma import?ncia pr?tica. Quem nunca ouviu a express?o "mem?ria de elefante", j? que ? atribu?da a esta esp?cie uma grande capacidade de memoriza??o?

Mas o que quero abordar neste artigo n?o se trata destas atribui?es elefantinas, nem t?o pouco fazer recomenda?es de regime, o que pode dar a entender o t?tulo. O que desejo ? levantar um tema em que este enorme animal pode muito nos servir como ilustra??o: a incapacidade ou dificuldade de desaprender algo ou de reaprender coisas novas.

Alguns apressadinhos podem logo ir dizendo que isto est? ligado ? mem?ria de elefante e realmente est?, por?m ? muito mais do que isso. Os elefantes, quando capturados pequenos ou nascidos em cativeiro, s?o acorrentados por fortes correntes. Por serem pequenos estas correntes s?o suficientes para det?-los, mesmo o animal lutando muito contra elas. Eles se cansam de pelejar e aceitam que n?o ? poss?vel se desvencilhar de sua pris?o.

O curioso ? que o elefante vai crescendo e adquire for?a e condi?es para se libertar, por?m fica preso na experi?ncia do passado e n?o tenta mais brigar contra o que lhe prende. Dizem que as correntes que prendem os animais adultos s?o mais fracas do que a dos pequenos, s?o apenas suficiente para n?o se arrebentarem num movimento brusco involunt?rio. H? textos que relatam que depois de "aprendida a li??o" ? poss?vel manter um elefante preso at? mesmo com um barbante, pois em sua mente fica sempre a mensagem da impossibilidade de vencer qualquer coisa que esteja amarrada a uma de suas patas.

Pobre animal, seu insucesso passado limita para sempre seu futuro e sua liberdade. A grande quest?o ? que tem muita gente se comportando como elefante. S?o pessoas presas pelas experi?ncias de fracasso ou por aprendizagens que a levaram a crer que as coisas nunca mudam ou que pelo menos ele n?o pode fazer nada para isso.

Poder?amos a partir deste ponto tecer uma s?rie de t?picos sobre como fazer para melhorarmos nossa capacidade de reaprender. Contudo, para irmos de encontro ao foco do Caderno Vestibular vamos abordar o tema de outra forma, de maneira nenhuma menos importante. Isto porque, t?o relevante como reaprender ? evitarmos aprender de maneira errada. O que quero dizer ? que experi?ncias ruins, fracassos e insucessos todos n?s teremos. O X da quest?o ? como isto limita nossas a?es, nossa f? no sucesso e nossa capacidade de empreendimento.

Em recente entrevista que tive a oportunidade de dar a uma r?dio de Bras?lia, quando perguntado sobre como devemos encarar os fracassos, respondi com outra pergunta: Voc? j? leu alguma biografia de algu?m de sucesso que antes n?o tenha passado por um ou v?rios fracassos? Eu nunca. ? como se fosse uma pr?-condi??o, antes de alcan?armos o ?xito temos que aprender com alguns percal?os. ? a? que se encontra um grande divisor entre fracassados e vitoriosos. Os primeiros desanimam e desistem frente ao malogro. O segundo grupo, aprende e usa as dificuldades e derrotas para construir sua vit?ria. Em qual grupo voc? est?? Esta ? uma quest?o de escolha e depende s? de voc?.

Em nossa vida acad?mica (ou profissional) somos muitas vezes acorrentados por padr?es de "s? assim que se faz", "isto n?o ? poss?vel", "quem ? voc? para questionar como sempre foi feito", "mas voc? se formou em tal lugar", etc. Recebemos uma forma??o por demais te?rica e a forma de levarmos o que aprendemos para a pr?tica ? pouco explorado e, por vezes, isto se torna mais um elo em nossa corrente. V?rios outros fatores nos prendem cada dia mais com pesadas cadeias.

Mais f?cil do que se libertar no futuro destas correntes ? lutar para que elas nem cheguem aos nossos tornozelos mentais. Para isto tenha a atitude correta. Sempre questione e nunca se acomode. Lembre-se: em ci?ncia e na vida profissional n?o existem verdades absolutas. Encare seus fracassos como oportunidades de aprendizado, confira a biografia dos personagens que voc? admira e confirme se isto foi ou n?o um ponto chave para alcan?arem suas metas e objetivos. Se voc? se considera pequeno ou fraco para superar um problema saiba que isto ? passageiro. Voc? pode recuar e adquirir os recursos e/ou compet?ncias necess?rias para o sucesso. S? n?o fa?a como o elefante que n?o podia vencer a corrente quando era jovem, mas depois que adquiriu for?a (compet?ncia) continuou com o pensamento do passado. Deus nos deu uma ilimitada capacidade de aprendizagem e crescimento. N?s nascemos para o sucesso.

Acredite nisto e fa?a acontecer!


Eduardo Santos ? psic?logo e consultor
formado pelo Centro de Ensino Superior
de Juiz de Fora e P?s-Graduado em Consultoria em RH.
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