Cinomose: doença canina que pode levar o animal é morte

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Cinomose: doença canina que pode levar o animal à morte

Diarreia, vômito, perda de apetite e da coordenação motora são alguns dos sintomas. A única forma de prevenção é a vacina, que deve ser aplicada anualmente

Andréa Moreira
Repórter
6/4/2013

Febre, apatia, perda de apetite, falta de coordenação, vômitos e diarreia, esses são alguns dos sintomas da cinomose, uma doença que ataca os cães. Causada por vírus, essa enfermidade é altamente contagiosa, como explica a médica veterinária da clínica Prontovet, Jamile Tostes de Faria. "O homem é um dos principais responsáveis por transmitir essa doença, já que um simples contato com o animal doente pode carregar o vírus nas roupas, sapatos e até nas mãos."

Uma forma comum de contaminação ocorre em canis, pois os animais doentes podem ter contato com outros saudáveis ainda não vacinados. "É muito importante isolar os animais doentes. O ideal é que o tratamento seja feito na própria residência do animal, pois a transmissão viral é muito rápida," destaca Jamile, lembrando que este tipo de medida deve ser aplicada em quaisquer outras doenças.

Tipos

A cinomose possui quatro formas clínicas. A pulmonar inflama a faringe e laringe, provocando tosse, podendo desencadear até uma pneumonia. A digestiva, como o próprio nome já diz, ataca o aparelho digestivo e causa vômitos e diarreia. Já a nervosa, possui sintomas típicos de encefalite, como convulsão. O animal tem contração localizada dos músculos e produz tiques ou espasmos. Por fim, a cutânea, que é a forma mais branda da doença, apresenta sinais apenas na pele ou mucosas, causando conjuntivites. "Lembrando que a cinomose é uma doença da família dos canídeos, ou seja, além do cachorro ela ataca também o furão, o lobo guará, a raposa, o cachorro do mato, entre outros," explica Jamile.

Tratamento

A veterinária ressalta que o tratamento é paliativo, pois quando os donos de animais percebem a doença, ela já está em um estágio muito adiantado. "Na verdade, os medicamentos são aplicados mais para aliviar os sintomas. Por exemplo, quando ataca o sistema respiratório, damos um xarope, se estiver com secreções nos olhos, colírio, e por ai vai."

Jamile afirma ainda que existe um tratamento experimental, mas além de ser muito caro, ainda não tem a eficácia totalmente comprovada. "O tratamento consiste na ingestão de vitamina A, com uma outra medicação. Porém, a funcionalidade não é de 100%. Eu pessoalmente, até hoje, infelizmente não conheço nenhum caso de animal que tenha se curado da cinomose," diz, destacando que o sacrifício do animal, muitas vezes, é uma medida muito adotada. "Primeiro a cinomose atinge as vias respiratórias, em seguida o aparelho gastro intestinal e por fim, o aparelho neurológico, fazendo com que o animal não consiga mais andar e algumas vezes, nem mesmo ficar em pé."

Prevenção

A vacina é a única forma de prevenção da cinomose. Segundo a especialista, a primeira dose deve ser aplicada a partir dos 45 a 60 dias de vida do animal. "Após 30 dias, a segunda dose deve ser aplicada e depois de mais 30 dias, ou seja, quando completar 60 da primeira, o animal deve receber a terceira e última dose. Depois o cachorro deve ser vacinado uma vez por ano."

Jamile ressalta a importância de realizar o procedimento dentro de uma clínica veterinária. "As agropecuárias oferecem a vacina contra cinomose ao preço de R$ 15, já nas clínicas o valor é de R$ 60. Entretanto, a vacina das agropecuárias não protege o animal totalmente, pois ela é mais fraca. Então, para que o cachorro não tenha risco nenhum de contrair a cinomose, a vacina tem que ser aplicada em uma clínica."