"Contar histérias é relaxar"

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"Contar hist?rias ? relaxar" Gabriel Zaghetto tem oito anos e conta que desenvolveu a leitura e passou a gostar dos livros ao participar do projeto Contadores de Hist?rias

Marinella Souza
*Colabora??o
06/06/2008

Aos seis anos de idade, Gabriel Magacho Zaghetto (foto) conheceu o projeto Contadores de Hist?rias e pensou: "quando eu estiver na primeira s?rie, vou participar disso!". Um ano se passou e l? estava o pequeno Gabriel, aprendendo a contar hist?rias.

Aos oito anos e mais maduro do que a idade exige, Gabriel conta que as muitas atividades, a possibilidade de fazer novos amigos e, principalmente, as apresenta?es foram os atrativos dos Contadores de Hist?ria para ele.

Mas hoje ele cita o relaxamento que a turminha faz ao fim de cada aula como o ponto alto do projeto. "A gente deita no colch?o e relaxa, faz tudo com calma. A gente aprende que n?o precisa ter pressa porque sempre d? tempo de fazer tudo que temos que fazer ao longo do dia", diz.

O garoto avalia que fazer parte dos Contadores de Hist?rias o ajudou a desenvolver melhor sua leitura e gostar dos livros. A m?e, psic?loga e psicodramatista, ?rica Lopes Magacho Zaghetto (foto abaixo), sempre apoiou e incentivou o interesse do filho.

"Eu sempre tive preocupa??o em desenvolver a leitura nos meninos, eu j? conhecia o projeto quando o Gabriel decidiu participar e acho ?timo que a Rafaela tamb?m esteja gostando", orgulha-se.

Al?m disso, a mam?e v? outros pontos altos do projeto, como o desenvolvimento da sociabilidade, do sentimento de pertencimento a um grupo. "As apresenta?es s?o muito bonitas porque eles entram em uma sintonia muito bacana", argumenta.

Independ?ncia e maturidade

?rica conta ainda que Gabriel raramente pede ajuda na hora de decorar os textos. "Ele ? muito independente, gosta de fazer tudo sozinho. S? teve uma vez que ele pediu ajuda, mas ? que o texto era um trava-l?nguas e ele teve um pouco de dificuldade", relembra.

A m?e comenta que Gabriel sempre foi muito extrovertido e desde muito cedo esteve ligado ?s formas de comunica??o."Ele j? fez um jornalzinho na escola, elaborou uma pesquisa com base na observa??o do trabalho do pai". E engana-se quem pensa que o jornal de Gabriel era sobre os assuntos da escola. "Eu queria informar as pessoas que n?o t?m acesso a jornais, revistas e internet, ent?o eu pesquisava em sites de not?cias e colocava no meu jornal", explica.

Hoje o menino se orgulha das apresenta?es que faz, revela que gosta de estar no palco e guardar todas as lembran?as de sua inf?ncia. "Eu gosto de ver fotos e v?deos meus, porque n?o quero perder nenhum momento da minha inf?ncia", diz o garoto, j? com o olho no futuro.

Para o menino, uma boa dica para as crian?as que n?o gostam muito de ler ? come?ar pelas hist?rias em quadrinho. "Livros de cultura do Brasil e de outros pa?ses tamb?m s?o muito legais". E para quem quer fazer parte de um grupo como o Contadores de Hist?rias, mas tem vergonha de falar em p?blico, o pequeno Gabriel aconselha a pedir ajuda a um amigo mais desinibido para treinar os textos e romper a timidez.

E por falar em futuro, Gabriel n?o sabe ao certo o que quer ser quando crescer, sua ?nica certeza ? de que vai continuar sendo um Contador de Hist?rias para sempre. Por qu?? "Porque ? uma possibilidade de entrar nos livros, usar a imagina??o e chamar a aten??o das pessoas para a leitura, os poemas, a cultura de forma geral".

*Marinella Souza ? estudante de Comunica??o Social da UFJF