Second life

Segunda vida - Second life Tudo ? poss?vel nesta nova mania da internet que pode fazer voc? at? ganhar dinheiro, na vida real

Desde o final do ano passado, os adolescentes viciados em internet ganharam mais um artif?cio para as conversas de fim de noite.

O "Second Life", uma esp?cie de universo virtual misturado com chat em 3D, promete repetir o sucesso conquistado por outras ferramentas cujo principal objetivo ? fomentar comunidades. Foi assim com o fotolog, com o Orkut, com o My Space, todos mania entre a garotada.

O jogo, criado na Calif?rnia, n?o ? o primeiro nem o ?nico simulador da vida real. Mas, atualmente, ? o mais popular. Tem cerca de dois milh?es de usu?rios. E os brasileiros j? formam a quarta maior comunidade. Domina??o ? vista? Tudo indica que sim.

Para quem nunca ousou viajar pelo mundo de SL, a mec?nica do sistema pode parecer diferente, a menos que a experi?ncia com o The Sims - jogo que trabalha com realidades virtuais - tamb?m seja grande.

Mas, s?o necess?rios mais que cinco minutos para um usu?rio casual se adequar ao jogo na rede, porque essa ? a principal diferen?a entre o Second Life e os jogos do g?nero: quem quiser participar de suas comunidades e viver a segunda vida, faz isso, logado na internet.

A "segunda vida" de alguns personagens

Um dia Silnei Laise viu que tinha uma nova comunidade no seu orkut chamada Second Life. Como ela apareceu por l? ele at? hoje n?o sabe - apesar de chutar que deve ter ser sido uma antiga comunidade sua que foi renomeada por algum dono.

O fato ? que desde esse dia, esse nome n?o saiu da sua cabe?a e acabou virando oportunidade de neg?cio para sua forma??o profissional. Silnei, que agora assumiu o personagem Dj Mantega Wilder (na ilustra??o do lado), chega a trabalhar 16 horas por dia no jogo simulador de realidade.

"Eu j? trabalhava com web e acabei encontrando o Rubnet Oliver que trabalha com 3D. A? as coisas casaram e hoje a gente v? o Second Life como um territ?rio de oportunidades. A gente enxerga os usu?rios como futuros investidores", afirmou DJ Mantega.

Ele e o s?cio criam produtos e marcas e vendem os resultados dessa id?ias para os consumidores do que eles chamam de mundo SL. Hoje, alguns meses depois de ingressar no jogo, Silnei ou Mantega s?o donos de uma rede de lojas no mundo virtual.

E tudo n?o parece mesmo brincadeira. Tanto ? que perguntado sobre seus ganhos no mundo virtual em compara??o com o mundo real, Silnei foi enf?tico: "para n?s n?o h? mais essa diferen?a. Temos uma produtora. E ela agora funciona praticamente toda no SL. Ele agora ? o mundo real para a gente".

Apesar de n?o revelar valores, o DJ Matega diz que est? ganhando bem e que uma empresa bilion?ria no jogo da internet pode fazer um milion?rio no mundo real. Apenas uma das dezenas de lojas que ele mant?m no Second fatura at? mesmo 30 dol?res por dia.

Tanto ? que ele j? come?ou a empregar pessoas e fazer valer nas suas empresas virtuais as mesmas regras de marketing e mercado que se v? em corpora?es com sede "real" . Um dos funcion?rios da Help Brasil ? o estudante de Publicidade e Propaganda Fellipe Elias (foto), que trabaha como design para Mantega.

H? cinco dias Fellipe participa do jogo e h? quatro est? empregado na Help Brasil. Na empresa ele ? design e cria pe?as de roupas diferentes para venda no mundo SL. O v?nculo empregat?cio de Fellipe ? por produ??o: ele recebe L$ 50 por pe?a produzida.

"Estou empregado e por isso vejo o Second Life como divers?o. Mas tamb?m vejo o potencial que ele tem. Se eu n?o tivesse empregado, certamente eu estaria 16 horas por dia, assim como o DJ Mantega no jogo, trabalhando para ganhar dinheiro".