Jogos On-line

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Viciados em jogos on-line "Vida" nos games afeta comportamento dos jovens e j? ? considerada doen?a

Renata Cristina
Rep?rter
03/04/2007
A primeira vista um jogo pela internet pode parecer inofensivo, ing?nuo. No entanto, uma simples brincadeira pode gerar in?meros impactos na vida de uma pessoa, que pode se tornar um "viciado" por games.

Por ser um problema novo, os efeitos desta doen?a moderna demoram a ser identificados pelos familiares. "Altera?es no comportamento, agressividade, apatia ou at? mesmo queda no rendimento escolar s?o alguns dos sintomas percept?veis", revela a psic?loga Ana Stuart.

Em casos extremos, como aconteceu na China, um jovem de 26 anos morreu ap?s jogar durante um feriado. J? um menino de 13 anos, pulou da janela para jogar escondido dos pais e morreu na queda.

Os jogos interativos, em que v?rios participantes, de diversas partes do mundo, realizam suas a?es em conjunto, s?o os preferidos pelos jovens. Entre eles, est?o os in?meros MMO RPG, al?m do famoso World of Warcraft, Ragnar?k e Priston Tale .

O rec?m-lan?ado Seconde Life, uma esp?cie de universo virtual misturado com chat em 3D, j? possui cerca de dois milh?es de usu?rios e promete conquistar a pr?xima gera??o. O jogo, criado na Calif?rnia, n?o ? o primeiro nem o ?nico simulador da vida real. Mas, atualmente, ? o mais popular.

Hora de reconhecer a doen?a

O estudante Jean Michel Cerqueira (foto) sabe muito bem o que ? ficar vidrado em um jogo. Em um ano, chegou a jogar cerca de nove horas di?rias de RPG on-line e conseguiu "super-poderes" para o personagem que incorporava, um arqueiro.

Jean percebeu que o h?bito estava transformando-se em um v?cio quando come?ou a tirar notas baixas na escola. "Matava aulas para jogar e quase perdi o ano", relembra.

J? o gerente de uma lan house, Davi Del Esporte (foto, ? direita), j? passou 12 horas jogando. "Como tinha a facilidade de ficar na loja, n?o via problema nisso". A decis?o de parar partiu espontaneamente. "Percebi que n?o havia mais nenhum objetivo, nenhum desafio para cumprir".

O colega de trabalho, Tiago Nascimento (foto, ? direita), acredita que as intera?es propostas pelos jogos, al?m das novidades a cada desafio vencido, s?o os principais atrativos da web. "A evolu??o dos personagens, o aumento de poder, nos fazem jogar cada vez mais", reconhece.

Para quem vive o drama de conviver com um viciado "virtual", de acordo com Ana Stuart, a agressividade ? o principal sintoma. A necessidade de incorporar um personagem tamb?m pode representar o desejo de fuga da realidade. "Esta ? uma compuls?o. A pessoa passa a viver em fun??o do v?cio", considera.

Assim como o v?cio pela bebida, ?lcool e drogas, a necessidade de jogar pela internet ? considerada uma doen?a. A orienta??o da psic?loga ? que pais e respons?veis pelos "aficcionados por jogos" devem impor limites. "N?o pode haver aceita??o", esclarece.