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Comerciantes faturam com a internet
Divertimento para uns e ganha p?o para outros, a internet passou a ser fonte de renda para pequenos comerciantes

Fernando Rocha
Rep?rter
03/02/06

O comerciante, Jo?o Barile, comenta sobre como entrou no com?rcio virtual. Clique no ?cone ao lado para assistir ao depoimento

"A diferen?a entre a feira que acontece na Avenida Brasil aos domingos (conhe?a), para a internet ? que a internet abrange todas as avenidas do mundo", ? assim que o comerciante virtual, Valmir Sanches Pires (foto ao lado) define a rede mundial de computadores.

Valmir, que trabalha com com?rcio desde os 11 anos de idade, entendeu que a internet era uma oportunidade para voltar ao trabalho depois de perder a vis?o por causa da Diabetes. "Percebi uma possibilidade de continuar trabalhando, para ocupar a minha cabe?a e seguir com a minha vida", comenta.

Vendendo e comprando discos de vinil, Valmir comercializa hoje pela internet o que come?ou na Avenida Brasil. "Fiquei desempregado e comecei a vender livros e LP's na feira, com o agravamento da doen?a um conhecido meu, Jo?o Barile, comentou sobre a possibilidade de comercializar pela internet e j? a uns quatro anos trabalho com isso", explica.

Valmir Sanches conta com a ajuda da fam?lia e de jovens estudantes para tocar o neg?cio. "Alguns dos jovens que j? trabalharam comigo, nem conheciam computador. Eu paguei cursos de inform?tica para eles", diz.

"Aplicando os meus conhecimentos de vendas para a internet", esta ? a f?rmula de Valmir, ao comentar sobre a mudan?a do com?rcio de rua para o com?rcio virtual. "Vendo para o mundo todo da Europa ? ?sia, da Argentina ? Cor?ia do Sul que em julho do ano passado, mandei 500 LP's pra l?."

Sebo virtual
O conhecido de Valmir que lhe indicou a internet, Jo?o Eli Barile Leal(foto ao lado), tamb?m comercializa pela internet por "gosto e para melhorar a renda da aposentadoria." "Tive um site que falava de bossa nova e dos antigos festivais. Mas, em 1999, conheci um brasileiro, pela internet, no Canad? que botou na minha cabe?a para vender para o mundo, e comecei".

Hoje, Jo?o Barile comercializa LP's, CD's, livros, revistas e fitas de v?deo pela rede, "? um sebo virtual," resume.

Tanto Valmir Sanches, quanto Jo?o Barile afirmam que na maioria dos casos s?o estrangeiros os compradores dos LP's e CD's dos artistas nacionais. E, n?o brasileiros que moram no exterior. "O respeito e a admira??o da m?sica brasileira no exterior ? muito grande," comenta Jo?o Barile.

Segundo ele, a internet ? uma ferramenta de busca e de com?rcio "excepcional". E, ressalta: "qualquer um pode achar qualquer coisa, basta saber procurar". A organiza??o e praticidade da inform?tica fazem do com?rcio virtual "uma realidade", e quem ainda n?o embarcou ? "por resist?ncia, a mudan?a causa medo nas pessoas", argumenta sobre o medo de muita gente em comprar pela internet.

Valmir Sanches e Jo?o Barile usam os sites de leil?o virtual para comercializar seus objetos. "No site de leil?o, um franc?s pode achar um dos meus discos de vinil ou um italiano pode comprar uma fita de um filme nacional," explica Barile sobre o funcionamento do neg?cio. "Voc? oferece e a pessoa interessada acha e fecha neg?cio, tudo pela internet. R?pido, pr?tico e seguro".

Quanto ao dinheiro ganho Jo?o Barile comenta que "d? um bom faturamento, apesar das despesas serem com compra e envio de produtos serem altas altas".

De A a Z
J? o com?rcio virtual entrou na vida de Manoel Bernadino Carrumba (foto ao lado) h? "uns cinco anos", E, sobre isso, assim como seus colegas de profiss?o, ele tem uma hist?ria bem particular para contar como entrou no neg?cio.

"Desde a pr?-hist?ria, o homem coleciona objetos. Na pr?-hist?ria ele colecionava machados, facas... e, de l? pra c?, n?o parou mais. E, ? isso que eu sou, um colecionador-comerciante", comenta sobre o uso da internet na sua profiss?o-voca??o que "abre todo um universo de compra e venda para o mundo todo".

Se Valmir Sanches e Jo?o Barile trabalham em suas casas, Manoel Carrumba tem uma pequena loja onde se encontra muita coisa. Santinhos, moedas e c?dulas antigas, pratos de decora??o, revistas, rel?gios de paredes, brinquedos, "enfim o que for colecion?vel de A a Z ? comigo. Afinal, o que seria do futuro da humanidade se n?o existissem os colecionadores", diz.