Os chamados "hoaxes" espalham boatos por e-mail
Aten??o, ? mentira! Os chamados "hoaxes" espalham boatos por e-mail, causam transtorno e, simplesmente, disseminam a inseguran?a na Rede
Rep?rter
07/03/2006
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Tamb?m n?o ? verdade que o Banco do Brasil est? dando seguro de vida gr?tis por e-mail, ou que o monitor da Toshiba pode sofrer uma "implos?o" a qualquer momento. O Big Brother n?o avisar? por e-mail se voc? for o escolhido e seu amigo n?o dever? colocar um link para as fotos de seu namorado ou sua namorada traindo voc?. Se voc? j? leu ou acreditou em alguma dessas hist?rias, voc? foi v?tima de "hoaxes", ou simplesmente "boatos por e-mail".
Eles invadiram a rede. Alguns s?o grosseiros, com frases mal escritas e informa?es pouco prov?veis. Ou algu?m realmente imagina que a Nasa est? encobrindo a informa??o de uma nuvem de poeira c?smica que atingir? a Terra e destruir? todos os seres humanos? Mas h? tamb?m aqueles que tentam ludibriar o internauta usando logomarca de empresas e ?rg?os e nomes fict?cios de diretores de corpora?es e institutos.
Mas se parar para pensar, n?o ? t?o dif?cil criar um "hoax" hoje em dia, e por isso a desconfian?a j? deve fazer parte do repert?rio de sensa?es de quem abre sua caixa de e-mails. Com um programa de edi??o de imagens, ? f?cil inserir a logomarca de um banco, do Tribunal Regional Eleitoral, da Receita ou de um ve?culo de informa??o em uma mensagem de e-mail. Para criar um nome tamb?m ? f?cil. Basta juntar dois ou tr?s sobrenomes, criar um endere?o ou copiar um existente para dar credibilidade. Mas, essa facilidade, muitas vezes n?o ? levada em considera??o pelo internauta.
"Existe o chamado v?rus social. Seu prop?sito ? disseminar a inseguran?a. Chega quase ao ponto de dizer para a pessoa sair correndo e pular pela janela que o monitor vai explodir", explica ele, tra?ando, no entanto, uma diferen?a para o categorias que podem ter conseq??ncias piores. "S?o aqueles e-mails que induzem o cara a clicar sobre o link instalando um programa no computador, um cavalo de tr?ia que se torna uma porta para o roubo de informa?es banc?rias e outros dados usados pelas quadrilhas de hackers", diz.
Muitas vezes os boatos s?o usados com esse intuito, como ? o caso dos e-mails "Voc? est? sendo tra?do", que traz um link para as fotos, que nada mais ? do que um bot?o para a instala??o de um cavalo de tr?ia. Atualmente ? freq?ente que se receba tamb?m um e-mail com a logomarca da Folha de S?o Paulo, no entanto com outro provedor, com um texto sobre o suposto assassinato do deputado Roberto Jefferson, tamb?m com um link para ser clicado.
O caso do arquivo do ursinho ? cl?ssico. O ursinho nada mais ? do que um arquivo normal utilizado pelo Windows, que nada tem a ver com nenhum v?rus. Ao sugerir que as pessoas vejam em seus computadores se possuem o ursinho, os criadores deste boato acabam induzindo o internauta a achar que aquilo ? um v?rus e deletar o arquivo. Na verdade o arquivo n?o deve ser deletado.
Desmascarando a mentira
"Se ? uma pessoa mais pr?xima, eu falo, e falo de forma n?o muito educada",
explica Felipe, que reconhece que faz diferen?a at? na forma que v? o
destinat?rio. "O mais comum ? confirmar o que voc? j? pensa, n?? Normalmente s?o as
pessoas mais "ing?nuas" que passam, e voc? confirma a partir da?", explica
ele. Felipe Mendes acha que a pior de todas as hist?rias que recebeu foi o boato
sobre o c?ncer do Guaran? Kuat. Mas ele lembra de outras, como a que
prometia um celular para quem repassasse o e-mail. Ele garante que n?o
repassa, mas reconhece que, quando come?ou a usar a internet, pode ter ca?do
em alguma armadilha desse tipo. "Sinceramente, se repassei foi h? muito tempo, por piedade, algo do tipo
"ajude a crian?a". Mas se realmente repassei, foi h? bastante tempo, quando
comecei a usar a internet. Detesto forwards (repasses) de e-mail. N?o mando
nem as melhores piadas que recebo", conta Felipe, referindo-se aos e-mails
que prometem dinheiro a crian?as carentes caso sejam repassados. Assim como ele, Cristina tamb?m confessa quase ter acreditado em alguns
deles, mas diz ter resistido.
"Eu sinceramente j? quase acreditei em algum, por parecer real, mas na
maioria s?o realmente rid?culos e eu odeio".