Na Rede
10 anos de internet em Juiz de Fora
JF tornou-se pioneira no pa?s
nos servi?os de conex?o ? internet. E a ACESSA.com
foi o ?nico provedor local que se manteve
Marcelo Miranda
Rep?rter
27/04/06
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Em 1995, a estatal Embratel estava para ser o provedor "oficial" do governo, centralizando o acesso como na telefonia. Por?m, logo no come?o do governo de Fernando Henrique Cardoso, o ent?o Ministro das Comunica?es S?rgio Motta definiu que apenas empresas privadas teriam autoriza??o para oferecer o acesso. "A internet foi considerada um servi?o de valor adicionado, e n?o um servi?o de telecomunica?es. Isso acabou sendo uma forma de evitar que as empresas de telefonia, em vias de serem privatizadas, evitassem ter a obriga??o de pagar a chamada tarifa de interconex?o caso os provedores fossem tidos como parte das telecomunica?es", diz Marcio Faria, diretor geral da ACESSA.com e um dos primeiros a entrar no mercado de provedor em Juiz de Fora.
Ao longo de 1995, M?rcio e
seus s?cios foram pensando o projeto, que viria a se tornar a ArtNET,
colocada no ar em janeiro de 1996. "O nome Artnet veio da nossa inten??o de
sermos artes?os da conectividade para o usu?rio", explica. "Passamos por
alguns imprevistos que nos atrasaram, mas preferimos sempre esperar,
fazermos testes e garantirmos a qualidade do servi?o antes de seguir". M?rcio destaca quatro diferenciais que tornaram a Artnet um provedor
inovador n?o apenas em Juiz de Fora, mas em todo o pa?s: a conta-fam?lia,
que disponibilizava a um ?nico assinante cinco caixas postais e senhas de
acesso numa ?poca em que n?o existiam os famosos e-mails gratuitos; a
hospedagem de conte?do, em que o assinante tinha 5Mb (um espa?o enorme,
ent?o) para publicar o que quisesse; o telnet, que permitia acesso direto ao
provedor para facilitar as publica?es; e o chamado "FTP offline", que se
resumia ao download de programas mesmo que o usu?rio estivesse desconectado
(atrav?s de uma liga??o entre o pr?prio provedor e o local de origem do
programa de interesse). Al?m disso, a Artnet fundou o primeiro cyber-caf? de
Minas Gerais e um dos primeiros do Brasil, com destaque nacional. O portal de conte?do JF Service, que viria a se tornar o que ? hoje o
Portal ACESSA.com, surgiu entre 1997 e 1998 com a proposta de ser um ve?culo de
comunica??o que divulgasse Juiz de Fora na rede, rompendo dist?ncias e
priorizando a interatividade, alguns dos marcos da internet. Com todas as
inova?es e pioneirismo, dos tr?s provedores iniciais, hoje, a ACESSA
? o ?nico que seguiu ativo na cidade, ao longo desses 10 anos.
Acompanhe as mudan?as e o desenvolvimento do Portal ACESSA.com desde a ?poca
em que era conhecido como JF Service at? se tornar um portal:
Maio de 1997, surge a id?ia de criar o portal, atrav?s da parceria ArtNET, Futura e
CDL. ? constru?da uma p?gina simples, com poucos links
Em setembro de 1997 ? lan?ada a 2?
vers?o da p?gina
Maio de 1998 - A proposta do portal se concretiza
In?cio de 1999 - A empresa de tecnologia ArtNET assume
totalmente o projeto. O site estruturado em gifs e frames passa por
reformula?es para garantir leveza no visual e
no carregamento
Junho de 2000 - O JF Service passa por alguns ajustes que garantem mais dinamismo ao conte?do. Vers?o vigora at? outubro de 2001. |
Maio de 1999 - No 1? anivers?rio do portal, o site ganha uma nova cara. Agora totalmente sem frames |
Em outubro de 2001 - novo layout mais chamativo, mais moderno e din?mico. |
Outros provedores
Al?m da antiga ArtNET (ACESSA.com), Juiz de Fora tamb?m teve outros dois
provedores: Fus?es e NutecNet, que surgiram no mesmo per?odo em que a
internet apareceu na cidade. Na quest?o do conte?do e a visibilidade de JF na web,
Marcos Kopschitz trouxe a Cidade
Virtual, servi?o de conte?do jornal?stico que o Terra oferecia em
diversos mun?c?pios do pa?s.
Com a libera??o do governo aos provedores privados, Kopschitz fez contato
com a Nutec, provedor de S?o Paulo, e bolou um esquema de acesso que
incluiria Juiz de Fora na rota, junto a Porto Alegre, Bras?lia, Goi?nia e
S?o Jos? do Rio Preto. Estava criada a NutecNet. "Nossa caracter?stica era
servir em nome de um grupo grande com atendimento tipicamente
personalizado", conta Kopschitz, que dirigiu o provedor de sua funda??o, em
1995, at? a empresa se retirar da cidade, neste ano. Nesse per?odo, a NutecNet virou Zaz e, em seguida, Terra, ao ser comprada
pela Telefonica, grupo da Espanha. "Ao virar uma multinacional, n?o fazia
sentido para eles manterem pequenos servi?os pulverizados. A tend?ncia era
mesmo centralizar, e foi o que aconteceu". Por?m, Marcos Kopschitz n?o se
desligou da internet e acredita que a rede evoluiu de forma inimagin?vel em
10 anos. "A tecnologia avan?a tanto que a cada ano o seu computador j? fica
obsoleto", comenta. Ele exemplifica com algumas inova?es apenas permitidas
pelo advento e andamento das redes virtuais: as fotos digitais ("o filme
fotogr?fico praticamente acabou, e o fluxo de imagens na web ? algo
sem propor?es"); os arquivos de v?deo; a m?sica em MP3 agregada aos sites
de compartilhamento e ao recente iPod, tocador de m?sica digital; o com?rcio
eletr?nico; e os grandes portais de busca, como o Google. "Hoje ? quase
imposs?vel n?o achar qualquer tipo de informa??o na internet, com grande
abrang?ncia e instantaneidade", diz.