Animal de estimação

Amigo mais que amigo H? s?culos ouvimos o ditado: "O c?o ? o melhor amigo do homem".
Hoje, comprovamos essa amizade de perto.

At? pouco tempo atr?s, muitas pessoas ainda torciam o nariz ao ouvir hist?rias de gente que dorme com o c?ozinho, dan?a com o papagaio e brinca de bola com o gatinho. Hoje, pode-se comprovar que estas rea?es est?o bem menos dram?ticas. Para acabar com a solid?o, n?o s? nas grandes cidades, as pessoas est?o cada vez mais decididas a ter um bichinho de estima??o e os c?es t?m prefer?ncia absoluta nesta escolha.

"Essas criaturinhas s?o donas de sentimentos genu?nos e de uma sensibilidade incr?vel", diz a assistente administrativa, Raquel Nascimento, dona dos c?es Lyon Silas e Bug.

Tanto Lyon Silas - mistura de poodle com cocker spaniel - quanto Bug - um pastor canadense - t?m quatro meses. Os dois nasceram em abril deste ano, e foram ainda novinhos para a casa de Raquel. Ela, que j? j? teve v?rios cachorros, conta que cada um tem seu jeitinho, sua personalidade.

"O Lyon, por ser menor, ? mais dengoso, adora colo, n?o se irrita. J? o Bug parece bravo, espanta, mas ? muito manso tamb?m. Ele ? muito sensitivo, percebe quando n?o estamos bem e ? muito carinhoso. Mas, pelo tamanho, ? meio abrutalhado...

Raquel diz que se diverte com as bagun?as dos dois, que parecem os personagens do filme Irm?os G?meos, vividos pelos atores Arnold Schwarzenegger e Danny DeVito, um t?o grande e outro t?o pequenininho.

"O mais gostoso ? que eles gostam muito da gente e demonstram isso. Se eu vou at? a esquina, quando volto, eles j? fazem uma festa enorme. Parece que n?o me v?em h? dias!", conta. Apesar da diferen?a entre as ra?as, Raquel conta que eles se d?o muito bem. "Parece que um adotou o outro como irm?o, sabe".

Amor pelo que se faz

Um caso interessante ? o de Rog?rio Freguglia. Formado em Economia, ele deixou o trabalho como economista, para se dedicar inteiramente ao amor pelos c?es. Abriu um pet shop. "Sempre gostei de animais e sempre tive cachorros. Quando me formei, comecei a trabalhar com economia, mas, depois de um certo tempo, vi que n?o estava satisfeito. Da?, decidi economizar e abrir esta loja. Aqui, estou fazendo o que gosto e estou feliz", admite.

Dono de uma basset hound - Funny, com 3,5 anos - Rog?rio trata a cadelinha com o maior carinho. Tanto que n?o aguentou e acabou ficando com uma de suas filhinhas, Sandy, hoje com um aninho, da primeira cria de Funny. Bem, ainda estamos na primeira cria...

O professor da UFJF, M?rcio Guerra, ? outro apaixonado pelos c?es. C?es, n?o, desculpe! Filhas! ? assim que ele as trata, e, como tal, n?o deixa de dar tudo do bom e do melhor ?s cinco meninas da casa: Priscila, Vict?ria, Thyfany , Sthefany e Sofia - tr?s Shitzu e duas York Shire.

Lacinhos, roupinhas, alimenta??o com ra??o importada, bifinhos para c?es, biscoitos de bacon, carne, frango, p?o, chocolate... "Al?m da comida delas, acabo sempre dando um pedacinho do que estou comendo tamb?m".

Geralmente, os pais nunca admitem que t?m prefer?ncia por um filho a outro. Mas M?rcio confessa: "A Priscila (de 7 anos) foi a primeira a chegar, ent?o ? a minha preferida. Ela ? inteligente, adora ver futebol comigo, participa de tudo na casa".

M?rcio j? fez festas de anivers?rio para elas e, no Natal, nunca deixa de comprar os presentinhos das crian?as. Todas, segundo ele, s?o muito tranq?ilas, quase n?o latem, fazem xixi e coc? em lugares apropriados e s?o uma companhia maravilhosa. "Cada uma com sua personalidade, elas acabam preenchendo a nossa vida. Quem torce o nariz para isso, ? porque nunca teve um animal de estima??o", afirma.

Cachorro ? alegria

Sandro Vieira possui a cadela Teka, da ra?a Colie, h? 11 anos. "Ela ? uma alegria pra gente", afirma. Teka dorme debaixo da cama de Sandro, brinca de esconde-esconde, adora bombom de chocolate, ganha presente de natal de toda a fam?lia e participa das festas na casa.

De acordo com Sandro, ela adora visitas. Ele tamb?m conta que ela l? l?bios. Quando ela o est? atrapalhando em alguma coisa, fala a frase m?gica: "Vou papar o seu pap?", somente com os l?bios, e ela corre pro lado da comida, deixando-o em paz.

Ign?z Cota Pereira conta que Lara chegou em sua casa aos 45 dias, ainda mamando. A poodle, hoje com um ano e cinco meses, foi tratada com chuquinha. "Nossa casa parou. Ficamos por conta dela: comida, roupinhas, acess?rios, vacinas, veterin?rios, shampoos...

Ign?z ainda tem, at? hoje, os primeiros dentinhos que ca?ram de Lara. "A gente ficava preocupado para ela n?o engolir os dentes", conta.
Com 10 meses veio a surpresa: a menstrua??o. Absorvente nela.

A Brincalhona, Lara mudou os h?bitos da fam?lia de Ign?z. Muito vaidosa, vive limpinha (pois dorme na cama da dona), sempre tosada, perfumada e com seus acess?rios de beleza. "Ela tem personalidade forte, mas ? muito carinhosa. Mudou a nossa vida", orgulha-se.