Eles: Computador pra todas as idades
Nos ?ltimos 10 anos, o uso do computador em casa tornou-se rotina. Seja para se distrair, matar saudade dos filhos ou at? pesquisar receitas na internet
S?lvia Zoche
Rep?rter
17/04/06
|
| ||
Elas descobriram na web a possibilidade de fazer compras, pesquisas, manter contato com os amigos e matar a saudade dos filhos.
A necessidade de comunica??o e a possibilidade de faciltar os afazeres de casa t?m feito com que se torne cada vez mais imposs?vel n?o comprar um
equipamento. A culinarista Luzimar
Evaristo (foto acima), por exemplo, sempre foi interessada em fazer um curso de inform?tica e nunca teve resist?ncia ao
computador.
"Queria entender o que era e fui estudar. Comprei livros que tenho at? hoje. No curso tirava notas maravilhosas", conta. Mas havia um por?m. Ela
n?o tinha computador em casa. "Era caro demais e eu acabava estudando no pr?prio
curso, ?s vezes, dividindo o computador com outro aluno", lembra-se.
Sua curiosidade era t?o grande que foi a uma feira de inform?tica em S?o
Paulo. "Eu incentivei demais o meu afilhado pra fazer curso,
mas eu que me interessei mais". Luzimar conta que, desde aquela ?poca,
era fascinada pela inform?tica. "S? que usava-se o MS-DOS ainda. Tinha que
decorar um monte de comandos, mas eu gostava. Logo que meu curso terminou,
chegou o Windows. Fiz mais algumas aulas, s? que ainda estava sem o
computador. Depois disso, a evolu??o da inform?tica foi r?pida demais", conta.
Passado algum tempo, ela comprou a m?quina. "Eu ainda tinha loja e usava
bastante o word pra fazer card?pio e banners". Uma de suas filhas, que ainda
morava com ela, tamb?m usava bastante o computador e como um dia mudou-se
para o Rio de Janeiro, "eu dei o computador pra ela".
Somente h? tr?s anos, por conta da insist?ncia de outra filha, Luzimar comprou outro
aparelho. "Acho
que a empolga??o do in?cio foi por ser novidade e eu gosto de saber o que est?
acontecendo. Hoje vejo a minha filha mexer em alguns programas e pergunto
pra ela como ela sabe tudo aquilo. Ela me diz que aprende mexendo mesmo, sem
ter feito curso",
diz.
Agora, fazer compras ou acessar conta de banco pela internet: "nem pensar". Ela n?o se arrisca nem em fazer parte de sites de relacionamentos, como orkut. "Tenho um sobrinho que vem aqui e entra no orkut - est? at? em favoritos -, mas eu tenho receio. Prefiro n?o fazer parte".
Internet, pra ela, ? ?til para se manter informada e em suas pesquisas de culin?ria. "Gosto de ver produtos novos, inclusive receitas, mesmo que eu n?o v? fazer. ? bom ficar por dentro do que est? acontecendo. Pra quem n?o viaja, o mundo fica limitado fisicamente e a internet se torna uma viagem, s? que virtual", analisa.
Al?m disso, ela possui um programa de computador que organiza sua contabilidade, fazendo o cadastro de fornecedores, clientes, produtos... "Agiliza meu trabalho e, mesmo em casa, d? ares de uma empresa. Com isso, levo mais a s?rio os gastos", revela.
Passatempo
Usar o computador como um instrumento de lazer tamb?m ? uma das alternativas
de algumas pessoas, como o de Ronaldo Corr?a de Almeida. Apesar de
ter se aposentado h? 20 anos, ele ainda trabalha no ramo de vendas. Quando tem uma folga, gosta de jogar damas... no computador. "Existem livros que
ensinam as jogadas, mas no disquete ? mais f?cil", diz.
Mesmo tendo computador em casa, somente h? dois anos, Ronaldo se interessou pela m?quina. "Um de meus filhos me deu o disquete com o programa. Jogo contra o computador. Na internet j? joguei tamb?m, mas contra algu?m que n?o conhecia. E o tabuleiro na internet ? menor. N?o gostei".
Como ? passatempo mesmo, Ronaldo joga por uns 45 minutos, durante dois dias na semana. Com os amigos, o tempo se estende por umas duas horas. "Deve ter uns dois meses que n?o jogo, por causa da reforma aqui em casa e do trabalho. Acaba n?o sobrando tempo", diz.
L?da conta que sua filha j? tentou ensin?-la a mexer no computador. "J? fiz curso de datilografia e, com 15 anos, trabalhei por um ano na Associa??o dos Cegos datilografando. S? que a m?quina de escrever ? muito diferente deste teclado do computador. N?o tive paci?ncia. Quando tem uma mat?ria que a Regiane sabe que eu quero ler, ela me chama. E tamb?m n?o tenho muito tempo pra aprender, porque fa?o trabalhos na igreja", conta.
Ela usa mais a internet para pesquisas e sites informartivos e fica, ?s vezes, tr?s horas conversando com a filha. "Isso quando n?o tenho que disput?-lo com ningu?m". ? que al?m dela, tem o marido e mais uma filha em casa que usam o mesmo computador. "Tenho uma filha adolescente. Sabe como ?, orkut, programa de bate-papo, durante o dia e a noite, se poss?vel". Mesmo com todas as dificuldades, pra ela o computador "veio para ajudar" e diz que ? uma "verdadeira revolu??o". Sueli fica impressionada com a quantidade de informa?es que circulam pela internet e acha interessante "a comunica??o e a intera??o do ser humano atrav?s dos bate-papos".
|
ATENÇÃO: o resultado desta enquete não tem valor de amostragem científica e se refere apenas a um grupo de visitantes do portal ACESSA.com. |