Eles: Relacionamento intercultural
Relacionamento intercultural Saiba quais as dificuldades e alegrias dos casais de diferentes nacionalidades. Veja as provas de que o amor ? universal
Rep?rter
15/05/2007
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Sem bula, receita ou qualquer manual de instru??o, os relacionamentos s?o inevit?veis. Desde o ?tero materno at? a vida adulta, formamos nossa incr?vel teia de afetos, farpas e experi?ncias, decorrentes das rela?es. Na mesma escala, est?o as dificuldades e o aprendizado dessa viv?ncia. Mas como ser? a vida de quem se casa com algu?m de outra cultura?
Se marido e mulher brasileiros j? enfrentam obst?culos com a conviv?ncia
constante, o casamento com um gringo poderia ser mais dif?cil? Quem vive essa realidade garante que n?o. "Ao contr?rio do que muita gente pensa, o
relacionamento intercultural renova-se a cada dia. Posso aprender com o
outro"
, afirma o americano Brian Oglespee, casado com a
cantora brasileira Janielle Batista (foto abaixo, ?
esquerda).
Juntos h? tr?s anos, o casal aprendeu a conviver com as diferen?as e a
respeitar a individualidade de cada um. "Julgava todos os americanos
iguais e tinha at? preconceito. O Brian me ensina a amar a sua cultura, o
que antes parecia quase imposs?vel
", revela Jani (foto abaixo).
Viva as diferen?as
"Sempre saio em desvantagem nas nossas
discuss?es"
, brinca Jani, que fala ingl?s com o marido. Por outro
lado, h? pontos positivos no mundo das letras. "Tamb?m
aprendi palavras que n?o est?o no meu vocabul?rio, como saudade"
, diz
Brian (foto).
A oportunidade de contar com um professor particular por 24 horas ? uma das
vantagens apontadas pela novaiorquina Amanda Rose Ridings (foto abaixo, ? direita). "Aprendo muito mais sobre a cultura brasileira convivendo com o
Carlos"
, com quem divide o mesmo teto h? um ano. Em via de m?o dupla,
ele tamb?m reconhece a facilidade para trocar experi?ncias e enxergar as
atitudes de Amanda com outro ponto de vista. "Nossa troca ? muito
positiva. Acho que n?o compartilharia tanto com uma brasileira"
, declara Carlos Alberto Filho (foto ao lado, ? direita).
"O brasileiro est? o tempo todo te abra?ando,
independente do local em que esteja. J? os alem?es, quando est?o conversando
em um bar, n?o ficam grudados na namorada"
, diz Camila.
Embora o "gelo" tenha decepcionado, a estudante reconhece o valor dessa
separa??o de ocasi?es proposta pelos germ?nicos. "Essa individualidade ?
interessante. Cada um tem tempo para cuidar da sua vida, sem interfer?ncias"
, observa.
"Os americanos n?o demonstram
ci?mes, t?m muita seguran?a do que querem, por isso s?o t?o objetivos"
,
declara.
Enquanto as brasileiras reclamam da "frieza" dos gringos, a americana Amanda
sofre com os ci?mes do marido. "No come?o, achava muito diferente. Nos
Estados Unidos, n?o temos problemas em sair sozinhos, ir para o cinema ou a
uma festa com os amigos. Agora, j? estou ficando ciumenta, aprendendo com os
brasileiros"
.
Oficializando a uni?o
Para que a uni?o torne-se est?vel, os casais, em geral, optam pelo casamento em
ambos os pa?ses. "Este procedimento n?o ? obrigat?rio"
, esclarece
o advogado especialista em direto internacional, Carlos Eduardo C?gula
Guedes. Ao mesmo tempo, Guedes destaca que quest?es
legais podem ser facilitadas desta forma, como a entrada no pa?s estrangeiro e o
pedido de dupla nacionalidade para os c?njuges e filhos. No entanto, o advogado ressalta a exist?ncia de leis distintas em cada pa?s.
Por quest?es pr?ticas, h? casais que preferem recorrer aos consulados, o que tamb?m torna v?lida a uni?o. Quanto ao regime de bens, a legisla??o difere-se em cada na??o, mas leva-se em considera??o a do pa?s em que foi realizado o casamento.