DIU e diafragma
O diafragma não é um método de barreira confiável e precisa ser associado a um espermaticida. Já o DIU tem uma eficácia maior
Sílvia Zoche
Repórter
30/07/2005
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DIU (Dispositivo Intra Uterino) e diafragma. Você pode até ter ouvido falar, mas não sabe o que é, como se usa e se são bons métodos anticoncepcionais? Pois bem, ambos são métodos de barreira, porque evitam a gravidez impedindo a ascensão dos espermatozóides ao útero. São usados internamente: o diafragma fica no colo do útero, apoiado no osso púbico; o DIU fica dentro do útero, próximo ao endométrio, pode ter ou não alguma sustância eliminada no organismo feminino.
Diafragma
Só que é um método que necessita de outra barreira: o espermaticida, que deve ser passado na parte côncava do diafragma. A ginecologista e sexóloga, Cláudia Bueno, diz que não é tão seguro. "Não é um método muito confiável, necessita realmente do uso do espermaticida, que não é barato. Tudo bem que o diafragma dura dois, três anos, quando conservado. Mas como é uma borracha, ele pode furar e a mulher não perceber", diz. Para conservá-lo, a mulher deve, assim que retirar o diafragma, lavá-lo com sabão, secar e passar talco.
Outro detalhe: o diafragma não se compra em farmácia. A paciente deve pedir ao ginecologista que faça a encomenda, de acordo com o tamanho do colo do útero da paciente.
DIU
Para a mulher que possui fluxo menstrual muito intenso e com problemas de endometriose não é recomendável usar o DIU de cobre, porque ele aumenta a contração do endométrio, resultando em maior atividade sangüínea e em cólicas. Já o DIU com progesterona faz a menstruação cessar, aos poucos.
O DIU é colocado no consultório pelo médico e a paciente nem precisa mexer mais nele. Se ela quiser tirar antes do tempo, é só pedir ao ginecologista. Para saber se continua bem localizado no útero, Cláudia pede, anualmente, uma ultrassonografia. "Eu peço, porque acho necessário". É indicado usar camisinha no primeiro mês, por precaução, porque um fluxo menstrual intenso pode mover o dispositivo.
Normalmente, mulheres que já tiveram filhos usam este método, porque o útero é maior. Mas nada impede as mulheres que não engravidaram a usar o DIU. Isso fica a critério da paciente e do médico.