Implante
Método contraceptivo indicado, principalmente, para mulheres com problemas de endometriose e/ou cólica intensa
Sílvia Zoche
Repórter
29/08/2005
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Além desses casos, o implante também é indicado para adolescentes com retardo mental grave e que precisam fazer uma anticoncepção a longo prazo. Dependendo da marca do implante, ele pode fazer a contracepção de três a cinco anos, sem que a mulher precise se preocupar com horários, porque o implante libera o hormônio devagar, inibindo a ovulação, ou seja, a gravidez.
Como não usa o hormônio estrogênio, mulheres que estão amamentando podem se beneficiar deste contraceptivo sem problemas.
Em alguns casos, haverá ausência de menstruação ou até sangramentos fora de época. "Mas é importante frisar que a resposta a tratamentos é individual. Cada organismo reage de uma forma", diz o ginecologista Álvaro Polisseni.
É um método que libera o hormônio progestogênio na corrente sangüínea aos poucos. De acordo com Polisseni, este método é superior a contracepção injetável por possuir um hormônio de outro grupo.
No primeiro ano de uso, a contracepção é feita por inibição da ovulação por bloqueio no cérebro do hipotálamo e a partir do segundo ano, as mudanças acontecem por diminuição do endométrio e inibição da produção de muco cevical que, no período fértil, favorece a subida dos espermatozóides.
Sua desvantagem é que ele não evita as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), inclusive a Aids. Por isso, é importante o uso de camisinha - feminina ou masculina - como método de barreira a doenças. Algumas mulheres possuem efeitos colaterais, como dores de cabeça. O valor do implante também não é barato, cerca de R$ 900, dependendo da marca, claro.
Caso a mulher queira retirar o implante, somente o médico poderá fazê-lo. Dentro de pouco tempo, a fertilidade da mulher volta ao normal.
O implante, segundo Polisseni, foi criado para ser substituído pelas minipílulas, que tem somente estrogênio, mas possui menor eficácia contraceptiva.