Acusados de atentado a Kirchner tinham o presidente como próximo alvo
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Alberto Fernandéz, presidente da Argentina, afirmou nesta segunda-feira (12) que troca de mensagens entre os acusados pelo atentado à sua vice-presidente Cristina Kirchner, apontavam que ele seria o próximo alvo. A declaração aconteceu em entrevista ao canal espanhol TeleCinco, no "El programa de Ana Rosa".
De acordo com o presidente, as mensagens trocadas entre o brasileiro Fernando Sabag Montiel e a sua namorada Brenda Uliarte, ambos acusados pelo ataque, mostram que eles planejavam o ataque a Kirchner e, durante as conversas, falavam que Fernandéz seria a próxima vítima.
"Conhecemos as conversas dos culpados. E falavam do atentado falido contra Cristina e falavam que o próximo seria eu", afirmou o presidente.
Falando sobre Montiel, o chefe do Executivo argentino afirmou: "Não tem nenhuma alteração em suas faculdades mentais e compreende perfeitamente a criminalidade de seu ato. Se moveu livremente planejando suas ações, então ele não é louco. Pode ser uma pessoa zangada com a democracia, mas, uma pessoa zangada com a democracia não pode reagir desta forma".
CRISTINA FOI AMEAÇADA COM UMA ARMA EM BUENOS AIRES
O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, ameaçou a vice-presidente argentina Cristina Kirchner com uma arma. O homem foi identificado pela polícia logo após o ataque.
A ação ocorreu por volta das 21h (horário local) do dia 1º de setembro, quando Kirchner chegava à sua casa, no bairro de Recoleta, em Buenos Aires, após presidir uma sessão do Senado. O ataque ocorreu na entrada da residência, onde centenas de manifestantes se reuniram para apoiar a ex-presidente, que passa por um julgamento por suposta corrupção.