Primeira-ministra da Suécia reconhece vitória da direita e renuncia
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, que estava no cargo havia menos de um ano, renunciou nesta quarta-feira (14), abrindo caminho para a formação de um novo governo após reconhecer a vitória do bloco de oposição que, entre seus membros, possui representantes da ultradireita no país nórdico.
Os resultados finais do pleito ainda não foram divulgados --a expectativa é de que sejam tornados públicos até este final de semana--, mas Andersson, uma social-democrata, disse a jornalistas que a apuração inicial já confirma a vitória do bloco direitista.
Os últimos números oficiais divulgados no país após as eleições de domingo (11) mostram que a aliança formada pelos Moderados, os Democratas Suecos, os Democratas Cristãos e os Liberais obterá 176 assentos no Parlamento composto por 349 cadeiras. Já a centro-esquerda, tradicional no governo do país, levaria 173.
Em uma região com tradição democrata e à esquerda, o resultado das eleições representou uma virada na balança de poder. Os Democratas Suecos, partido com forte discurso antimigração, até aqui se consolidou como o maior partido à direita, com 20,6% dos votos. Em segundo lugar, estão os Moderados, com 19,1%.
"Quando houver um novo governo, vou liderar a social-democracia na oposição", afirmou a primeira-ministra, durante entrevista coletiva, segundo relato da emissora pública SVT. "Nós, sociais-democratas, estamos dispostos a cooperar com quem quiser fazer parte da solução dos problemas que nosso país enfrenta."
Magdalena Andersson foi a primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra na história da Suécia. O fez em novembro passado, quando passou a liderar um governo minoritário, após um colapso na coalizão governista levar à renúncia de seu antecessor, Stefan Löfven.