Japão retira restrições contra Covid para turistas estrangeiros

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A partir de 11 de outubro, o Japão vai retirar as restrições de fronteira impostas aos turistas estrangeiros há mais de dois anos para combater a pandemia, anunciou nesta quinta-feira (22) o primeiro-ministro Fumio Kishida, em um movimento que deve reavivar a indústria turística local.

Não haverá mais um limite diário de entrada de turistas, que também vão passar a poder visitar o país por conta própria --atualmente, só são permitidas visitas por agências de turismo. Além disso, um visto imposto durante a pandemia deixará de ser necessário, ao contrário de como é hoje.

A eliminação das restrições aos turistas vem no momento de enfraquecimento da onda mais mortal da pandemia no país. Também coincide com a queda do iene para os níveis mais baixos em relação ao dólar nos últimos 25 anos, tornando o arquipélago um destino mais barato e atrativo para visitantes do exterior.

Descontos para viagens domésticas também serão introduzidos, acrescentou o primeiro-ministro. Depois de viver um boom de turismo antes da pandemia, companhias aéreas, hotéis e varejistas estão buscando recuperar os negócios que perderam.

Antes da pandemia, o Japão permitia que visitantes de 68 países e regiões ficassem no país por até 90 dias sem visto --brasileiros precisam de visto. O número de turistas atingiu um recorde de quase 32 milhões em 2019, caindo para cerca de 246 mil no ano passado. As chegadas diárias ao país vêm aumentando constantemente desde o início deste ano, atingindo há pouco a cifra de 50 mil pessoas por dia.

O governo ainda considera mudar uma lei que permite que os hotéis recusem hóspedes que se neguem a cumprir medidas sanitárias. Ao contrário de muitos países, as máscaras permanecem em uso quase universal no Japão, embora atualmente não haja obrigação legal de usá-las.

A taxa de mortalidade por Covid no país --que não fez lockdown e até junho tinha cerca de 80% da população vacinada com ao menos duas doses-- foi relativamente baixa: menos de 35 mortes por 100 mil habitantes.