Zelensky se encontra com Papa em 1ª visita a Roma desde o início da guerra

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se encontrou com o Papa Francisco neste sábado (13). Zelensky ainda fez reuniões com o presidente italiano Sergio Mattarella e com a primeira-ministra Giorgia Meloni.

Em encontro privado, Zelensky chegou ao Vaticano na tarde deste sábado (13) para se reunir com o Papa. O encontro durou cerca de 40 minutos, de acordo com informações da ANSA.

Matteo Bruni, porta-voz da Santa Sé, disse que a conversa entre Francisco e o presidente ucraniano girou em torno da "situação humanitária e política provocada pela guerra na Ucrânia".

Houve troca de presentes. O Papa deu a Zelensky uma escultura que representa um ramo de oliveira, símbolo da paz. Já o presidente ucraniano presenteou Francisco com uma imagem da Virgem Maria pintada nos restos de um colete à prova de balas.

Zelensky se mostrou grato pelo encontro e disse ter falado sobre as "dezenas de milhares de crianças ucranianas deportadas". Ele também afirmou ter pedido ao Papa que condene os "crimes" contra a Ucrânia porque "não pode haver igualdade entre vítima e agressor".

É a primeira vez que o presidente ucraniano vai a Roma desde o início da guerra contra a Rússia, em fevereiro de 2022. Zelensky viajou em um avião do governo italiano, escoltado por jatos de combate.

Apoio do Ocidente

Governo italiano diz que vai ajudar a Ucrânia. Antes do encontro de Zelensky com o Papa, o presidente Mattarella e a primeira-ministra Meloni reiteraram o total apoio da Itália à Ucrânia em termos de ajuda militar, financeira, humanitária e de reconstrução.

Presidente ucraniano agora viaja para a Alemanha. Depois da passagem pela Itália, Zelensky deve continuar sua série de visitas a aliados ocidentais. O próximo destino é Berlim, aonde deve chegar no domingo (14).

Suposta missão de paz

Encontro de Zelensky e Papa acontece em meio à polêmica sobre "missão de paz". No fim de abril, o Papa revelou uma "missão de paz" pelo fim da guerra, dizendo que o Vaticano ajudou na troca de prisioneiros e que agiria no caso das crianças ucranianas levadas ilegalmente para a Rússia.

Rússia e Ucrânia disseram desconhecer a suposta missão de paz. Na ocasião, tanto Kiev quanto Moscou se manifestaram dizendo que não sabiam do que Papa Francisco estava falando.