Jordânia tira embaixador de Israel até o fim da guerra

Por IGOR GIELOW

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em uma das críticas regionais mais importantes contra a retaliação de Israel aos ataques do Hamas, o governo da Jordânia determinou que seu embaixador em Tel Aviv volte para o país árabe até que cessem os ataques à Faixa de Gaza.

Segundo a chancelaria jordaniana, ele só voltará ao país quando acabar "a crise humanitária causada pela guerra". O embaixador israelense em Amã, por sua vez, havia deixado a Jordânia há duas semanas e agora está proibido de voltar sob as mesmas condições.

A Jordânia, com quem Israel assinou acordo de paz em 1993, é um dos principais aliados de Tel Aviv no mundo árabe, sempre servindo a mediações com nações mais hostis aos israelenses. Assim, é uma derrota política enorme para o governo de Binyamin Netanyahu, que enfrenta críticas mesmo de aliados como os EUA acerca da proporcionalidade de sua ação em Gaza.

No Oriente Médio, outra nação estratégica, a Turquia, está na linha de frente de críticas a Tel Aviv, mas não chegou a ensaiar tal movimento. Outros países menos importantes no contexto da guerra, como Colômbia e Chile, fizeram o mesmo que a Jordânia, e a Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israel.