Lula defende união contra crime organizado em ligação com presidente do Equador

Por VICTORIA AZEVEDO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) defendeu união para combater o crime organizado ao conversar ao telefone com o presidente do Equador, Daniel Noboa, na manhã desta terça-feira (23). O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) acompanhou o telefonema.

A conversa ocorre em meio à crise de violência no Equador, imerso em um "conflito armado interno" desde que o presidente decretou guerra às facções.

Segundo nota divulgada, Lula se solidarizou com o presidente equatoriano e indicou disposição do Brasil para ajudar o país, "inclusive por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança". O petista também ressaltou que a luta contra o crime organizado é "também um desafio do Brasil, nos vários níveis de governo, agravado pela porosidade e extensão das fronteiras terrestres e marítima do país".

Ainda de acordo com o texto, o petista ouviu de Noboa uma análise sobre o enfrentamento ao narcotráfico e ao crime organizado no país.

"Ambos concordaram que os países sul-americanos devem estar unidos no combate ao crime organizado, que atinge a todos, e que o fortalecimento da integração regional é condição fundamental para a superação do problema. Ressaltaram, também, a necessidade de coordenação com países consumidores de drogas para o combate efetivo ao narcotráfico", diz a nota.

No começo do ano, o presidente equatoriano decretou estado de exceção no país. Entre as facções estão os Choneros, cujo líder, Fito, fugiu da prisão ?o episódio fez irromper a crise de violência.

No começo deste mês, um brasileiro, Thiago Allan Freitas, chegou a ser sequestrado em Guayaquil, no sudoeste do território do país latino-americano. Ele foi encontrado pela polícia dias depois.

Freitas tinha sido levado por bandidos ao ir a uma concessionária de carros. Logo em seguida, os filhos do brasileiro receberam uma ligação de vídeo do telefone do próprio pai em que ele aparecia com os olhos vendados e os bandidos pediam uma recompensa para liberá-lo.