Clube de Investimento é a nova tendência do mercado

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Clube de Investimento ? a nova tend?ncia do mercado

:::31/12/2003

"Bolsa de Valores n?o ? cassino". Essa declara??o desmistifica a id?ia de risco absoluto para quem quer ter uma outra op??o de rendimento, que possa superar as j? conhecidas, como poupan?a, d?lar e aplica??o em renda fixa. H? seis anos operando em Juiz de Fora, os representantes da ?gide Corretora, os irm?os Alexandre e Leonardo Peixoto Estev?o, acreditam na mudan?a de concep??o e em uma outra perspectiva no mercado local. Tanto que eles come?am 2004 lan?ando um Clube de Investimento na cidade, reunindo pessoas que queiram fazer seu dinheiro render no mercado de a?es.


"A??o ? um investimento de risco. A curto prazo, assim como pode valorizar, tamb?m pode desvalorizar. Contudo, a longo prazo, ela tem sido um bom investimento"
(Alexandre Estev?o)
O clube ? uma aplica??o criada por um grupo que deseja investir seu capital em a?es de empresas, tornando-se s?cio delas. "O n?mero m?nimo de componentes ? tr?s, que diluem e dividem os riscos entre si a um custo mais baixo para investir na Bolsa. A forma??o da sociedade leva em m?dia 15 dias, at? que saia o registro, o CNPJ e a legaliza??o do clube", explica Leonardo Estev?o. Segundo ele, os envolvidos ter?o oportunidades de ganho em longo prazo, diversificando seus investimentos e obtendo bons resultados.

Quanto ao risco, o outro s?cio, Alexandre Estev?o, afirma que sempre h?, mas tudo dentro do controle dos investidores, ficando a crit?rio de cada um o tipo de aquisi??o, se vai ser em empresas estabelecidas no mercado, ou se realmente ir?o ousar e apostar em empresas menos estruturadas. "A??o ? um investimento de risco. A curto prazo, assim como pode valorizar, tamb?m pode desvalorizar. Contudo, a longo prazo, ela tem sido um bom investimento".

Os representantes da ?gide buscam tamb?m apoiar as iniciativas que tentam expandir e fortalecer o mercado acion?rio brasileiro. "Nenhuma companhia que tenha vis?o de futuro e de perpetuidade pode prescindir do mercado de capitais". Para eles, ? muito dif?cil uma organiza??o empresarial crescer sem estar inserida na Bolsa, onde h? uma massa enorme de recursos para financiar bons projetos.

S?cio garante sucesso na forma??o do clube
Com experi?ncia em aplica??o na Bolsa desde 1971, o consultor empresarial, financeiro e representante do novo Clube de Investimento de Juiz de Fora, Marcus Werneck, fala com conhecimento de causa. "Em 40 anos, a Bovespa rendeu em m?dia 2,2% mensais, taxa que n?o ? encontrada em nenhum outro tipo de investimento".

Em 84, Werneck se arriscou pela primeira vez e criou um clube de investimento familiar, quando trabalhava em Belo Horizonte. Com postura sempre muito influente, ele atualizava os gr?ficos, analisava a flutua??o no mercado, enfim, acompanhava de perto as aplica?es e conseguia um bom retorno. No entanto, a falta de tempo fez com que ele deixasse "correr solto, o grande erro para quem quer obter lucro na Bolsa. Da? a necessidade do acompanhamento da corretora".

Werneck garante que a forma??o de clubes est? em plena ascens?o no Brasil. "S? no ano passado, aumentaram de 462 para 739". Ele credita essa alavancada ?s novas regras estabelecidas por Regulamentos do Conselho de Administra??o da Bolsa de Valores de S?o Paulo, que diminu?ram os custos atrav?s da isen??o do CPMF, da aplica??o do Imposto de Renda por incentivos estabelecidos pelo Governo Federal e criaram maior transpar?ncia com obriga?es de emiss?es de relat?rios, extratos mensais e anuais que d?o aos membros informa?es sobre suas cotas, valor, rendimento das aplica?es e patrim?nio do clube.

Werneck vislumbra o sucesso e, para isso, se inspira em Warren Buffet, um americano ainda vivo, que hoje ? o segundo homem mais rico do mundo. "Em 1999, ele j? possu?a uma fortuna pessoal de US$ 40 bilh?es e come?ou montando um Clube de Investimento nos Estados Unidos quando tinha 25 anos. Warrem e mais 10 amigos investiram neste clube US $10 mil. Ao final de 40 anos tinha US$ 80 milh?es", anima-se.


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Desir?e Couri e Andr?ia Nascimento
s?o editoras da revista
Pauta Econ?mica