Economia
Pesquisa revela que mais da metade dos ambulantes, da Avenida Get?lio Vargas, est?o fora do mercado formal por falta de qualifica??o
S?lvia Zoche
30/06/04
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Atrav?s de pesquisa sobre trabalho informal, feita com mais de 90 ambulantes na Avenida Get?lio Vargas, a aluna orientada pela economista e coordenadora, M?rcia Rezende de Medeiros Motta, chegou a algumas
conclus?es:
Vantagens e desvantagens
Mas nessa ?rea, todo benef?cio vem acompanhado de uma desvantagem. Como a maioria quer voltar ao trabalho
formal, o sentimento de insatisfa??o surge com o tempo. "Praticamente nenhum
paga Previd?ncia, ningu?m tem f?rias, 13? sal?rio ou aposentadoria. E
ainda tem que sustentar uma fam?lia com no m?nimo tr?s pessoas", conclui
M?rcia.
J? para os comerciantes, M?rcia n?o v? vantagem alguma e diz que ? uma concorr?ncia
desigual. "O empres?rio registrado formalmente tem os custos fixos, como
telefone, aluguel da loja, ICMS, funcion?rios... O comerciante tem que jogar
estes custo no pre?o final do produto. J? o informal, tem gasto com viagem para
compra das mercadorias, mais a taxa que a prefeitura cobra anualmente dos
licenciados", compara a economista.
"? certo que o aumento do
desemprego, aumenta o n?mero de ambulantes, mas pelo menos estas pessoas t?m
um dinheiro para o seu sustento. A fun??o da Prefeitura ? fiscalizar e n?o
deixar que se alastre a quantidade de ambulantes n?o credenciados", explica
S?rgio Coelho.
Padr?o ambulante
"Ainda t?m pessoas que pegam protocolo para pedido de licen?a,
mas enquanto a Prefeitura n?o abrir um novo ponto para camel?s, n?o podemos
licenciar mais ningu?m", diz.
As barracas com licen?a t?m um padr?o de cor (bege) e de
tamanho:
Outra forma de identifica??o ? feita atrav?s de crach?s e bon?s que os camel?s
devem usar. Apesar da obriga??o, Netto diz n?o ver os ambulantes usando.
Mas M?rcia lembra que, apesar da Prefeitura arrecadar anualmente uma taxa dos n?o ? a mesma coisa do que arrecadar o ICMS. "A Prefeitura fica
em desvantagem", diz.
Para a economista, a Prefeitura e o Estado dever?am
qualificar este trabalhador ambulante. "O desemprego
estrutural, se deve ? falta de qualifica??o do trabalhador e como
existe uma grande oferta de m?o-de-obra, fica complicado atender a todos", diz.
caracter?stico em Juiz de Fora,
Outro fator importante seria reduzir a carga tribut?ria sobre micro e
pequenas empresas. "Sei que isto ? uma responsabilidade do Estado. E o
problema do trabalho informal n?o ? municipal. Sabemos que as micro e
pequenas empresas s?o as que mais geram emprego no pa?s", conclui M?rcia.
Enquanto n?o surge um trabalho informal, os camel?s se espalham pela cidade, mesmo sem a permiss?o para montar uma barraca de ambulante.
Em Juiz de Fora foi instaurada a Lei 10000/01 - 09/05/2001. Mesmo
que a pessoa necessite trabalhar como ambulante, ela n?o ir? conseguir uma
licen?a. ? o que afirma o
diretor da Divis?o de Licenciamento de Atividades Urbanas, Elias Bittar
Netto (foto abaixo).
Para Netto, o trabalho informal ? a alternativa para um pa?s e uma cidade
que se encontram em crise.