Economia

S?lvia Zoche
Rep?rter
22/06/05

Fazer seguro de carro e de vida s?o comuns no Brasil, mas um seguro, especificamente, para mulher, nem tanto. Mas isso porque este tipo de seguro ? ainda pouco divulgado.

A professora de Finan?as da Faculdade de Economia e Administra??o (FEA) da UFJF, Fernanda Perobelli (foto abaixo), explica que o pa?s n?o tem uma cultura desse tipo de seguro. "Isso ? comum, por exemplo, no Estados Unidos, em que se faz todo tipo de seguro, porque a condi??o financeira ? outra. As mulheres se interessam, porque existe a cobertura em caso de diagn?stico de c?ncer", diz.

Os pre?os do seguro variam de acordo com a idade - entre 18 e 64 anos, normalmente - e o tipo de cobertura, que pode ser b?sica ou completa. Em caso de diagn?stico positivo de c?ncer, existem bancos que permitem a retirada completa do valor da indeniza??o.

H? bancos que possuem no site um programa de simula??o de seguro, sendo a mulher correntista do banco ou n?o. Para se ter uma id?ia, uma mulher de 31 anos, como Fernanda, contratando uma cobertura b?sica de morte, de diagn?stico de c?ncer, de invalidez permanente total ou parcial por acidente (IPA), indeniza??o suplementar de IPA e, ainda, optando pela assist?ncia farmac?utica (descontos em farm?cias credenciadas), pode escolher pagar por m?s de R$ 18,51 at? R$ 141,97.

A cobertura por morte e diagn?stico de c?ncer para o menor valor ? de
R$ 29 mil. Para o maior valor mensal, a cobertura por morte ? de R$ 450 mil e para o c?ncer, R$ 35 mil. A car?ncia, ou seja, o prazo m?nimo para requerer a indeniza??o ?, geralmente, de sessenta dias.

Mas lembre-se que para fechar um contrato existem diversas cl?usulas e os bancos se asseguram de todos os lados para n?o terem preju?zo. "Informe-se muito bem antes de fechar um contrato. Pegue folders da institui??o, converse com alguma mulher que fez o seguro e que precisou dele para saber se o que ? prometido, realmente, ? cumprido", alerta Fernanda. Se sentir necesidade, procure um advogado para orient?-la antes de assinar qualquer papel.

De acordo com Fernanda, as mulheres que procuram esse tipo de seguro possuem um renda m?dia elevada em rela??o ao restante da popula??o nacional. "A chance dessa mulher precisar desse seguro ? muito menor, porque ? uma pessoa que se cuida, vai regularmente ao ginecologista, tem acesso ? sa?de. Por isso, justifica-se o valor baixo mensal perante a uma indeniza??o alta. Al?m disso, os bancos acreditam que essas mulheres possuem uma expectativa de vida maior".

Outros benef?cios
Al?m desses benef?cios, existem bancos que oferecem servi?os de assist?ncia diferenciados. "S?o outras benesses que acabam cativando o p?blico feminino", diz Fernanda.

Compensa fazer?
"O seguro ? sempre uma prote??o, mas voc? deve se perguntar se ? realmente necess?rio a voc?", sugere a economista. Os benef?cios compensam, principalmente, para as mulheres que vivem sozinhas. "Eu n?o tenho, porque j? possuo plano de sa?de, tenho seguro de autom?vel, fora a assist?ncia do meu marido. Mas para mulher que mora sozinha ? fant?stico", analisa.

Outra cobertura que ? vista com relev?ncia n?o s? pelas mulheres solteiras, mas pelas casadas, ? a em caso de de morte natural ou acidental e invalidez por acidente natural ou acidental. ? uma forma de assist?ncia ? fam?lia.

Foi por isso que Dalva L?cia (foto) fez um seguro h? oito anos. "Meu marido faleceu e percebi como somos fr?geis e podemos morrer a qualquer momento. Para amparar meu filho, resolvi fazer um seguro de vida. N?o foi espec?fico da mulher, mas eu j? me preocupava com o futuro do meu filho".

No caso do benefici?rio do seguro ser menor de idade, ? preciso indicar um tutor, at? que complete a maioridade, para receber a indeniza??o.

Alguns bancos