Economia

O rio Paraibuna nasce na divisa dos munic?pios de Ant?nio Carlos e Bias Fortes, na Serra da Mantiqueira, a cerca de 1.200 metros de altitude. Possui 166 Km de extens?o total, desaguando no rio Para?ba do Sul, no munic?pio de Tr?s Rios (RJ). O rio foi a via natural que induziu a ocupa??o inicial, desempenhando um importante papel na hist?ria da regi?o. Importante fator do crescimento urbano da cidade de Juiz de Fora durante o per?odo da hist?ria brasileira conhecido como "a corrida do ouro", o rio foi o respons?vel pelo "caminho novo" rota comercial, econ?mica e estrat?gica para o transporte de ouro e diamantes. Essa rota era obrigat?ria a todos aqueles que se dirigiram a Ouro Preto, ent?o Vila Rica (EMBRAPA,2003).

Assim como as primeiras civiliza?es, a hist?ria comprova que a cidade de Juiz de Fora teve seu in?cio com povoados agr?colas ao longo do vale principal do Paraibuna em ?reas mais planas e largas ?s margens do rio. Na segunda d?cada do s?culo XX, a cultura do caf? estava desgastada na Prov?ncia de Juiz de Fora. De acordo com Mota (2002, p.418), o final dos anos 20 e o in?cio dos anos 30, no Brasil, foram marcados por uma crise generalizada que desestabilizou todas as rela?es econ?micas.

Por?m, segundo a CEMIG, primeira usina hidrel?trica da Am?rica do Sul. A Cia. Mineira de Eletricidade inaugurou, assim, a segunda fase da Hist?ria s?cio-econ?mica de Juiz de Fora: a industrial, ponto de partida para a transforma??o da sociedade agr?ria e comercial em sociedade fabril. A energia dos el?trons impulsionou a industrializa??o, aposentando velhas m?quinas a vapor, impulsionando o progresso. A Usina de Marmelos foi o primeiro grande marco do setor el?trico brasileiro.

A natureza agr?cola do pa?s auxiliou na acumula??o de capital e por isso, as instala?es industriais eram financiadas principalmente por cafeicultores e imigrantes.

? medida que crescia o n?mero de empresas, cresciam o mercado de trabalho, a popula??o urbana e o setor terci?rio ou de presta??o de servi?os (MOTA,2002, p.408).

Segundo o Anu?rio Estat?stico de Juiz de Fora (2002) a popula??o urbana continuou crescendo, pois, em 1970, dos 238.510 habitantes, 220.364,24 eram urbanos. Em 2000, j? somavam 456.333,83 habitantes. Com a popula??o crescente aumentou o lan?amento dos esgotos, dom?stico e industrial, no Rio Paraibuna. Hoje ele n?o apresenta boas condi?es ambientais para a popula??o. Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Geoci?ncias da UFJF, no per?odo de mar?o de 2001 a mar?o de 2003, comprovou que o rio est? extremamente polu?do. Esse projeto que recebeu o nome de "Urbaniza??o e degrada??o do rio Paraibuna em Juiz de Fora", analisou o impacto do esgoto (mat?ria org?nica) que ? lan?ado no rio sem tratamento, principalmente o esgoto dom?stico.

O trabalho confirma que o Paraibuna n?o tem capacidade de absorver todo o volume do esgoto dom?stico que pode ser muito mais t?xico, sendo considerado um "rio morto" para a cidade de Juiz de Fora. O tratamento e o efetivo combate ? polui??o da Bacia do rio Paraibuna apresenta-se assim, como uma necessidade inadi?vel. A redu??o de oferta de ?gua pot?vel em v?rias partes do mundo ? uma preocupa??o geral e por isso, existem projetos locais voltados ? finalidade de despoluir totalmente o rio Paraibuna antes do ano 2.050.

Afinal, se houver o esgotamento dos atuais mananciais de abastecimento, pode ser necess?rio retirar ?gua do rio para consumo da popula??o. O desenvolvimento sustent?vel ? um projeto destinado a erradicar a pobreza, satisfazer as necessidades b?sicas e melhorar a qualidade de vida. Al?m disso, ele deve ter como fim ?ltimo, o pleno desenvolvimento das capacidades efetivas e intelectuais de todo ser humano. A qualidade de vida deve ser o centro de todo e qualquer objetivo das pol?ticas de desenvolvimento sustent?vel.

(Colabora??o: Aparecida Val?ria Salviano de Souza - Graduada em Economia pela Faculdade de Ci?ncias Econ?micas Vianna J?nior)

M?rcia Medeiros Mota ? mestre
em Economia Aplicada pela UFV graduada
em Ci?ncias Econ?micas pela UFJF

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