Os jovens e a educação financeira
Os jovens e a educação financeira
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Nas últimas semanas colaborei com duas matérias para dois sites aqui em Juiz de Fora, sendo o ACESSA.com um deles. Ambas as matérias trataram de sugestões para jovens, no que diz respeito à educação financeira. Uma englobava as sugestões de um modo geral, a outra era mais específica acerca dos cuidados que os jovens devem ter com suas baladas de fins de semana.
Independente de discussões gerais ou específicas, a atenção crescente que as pessoas têm passado a dar para a educação financeira é fundamental. No caso dos jovens, que estão no começo da vida profissional, é fundamental um bom controle nos seus gastos. Muitos dependem dos pais ainda, outros fazem estágios e recebem ajuda de custo e outros já estão empregados e possuem salários, que em sua maioria podem ser baixos, pois os mesmos ainda estão no começo de sua carreira. Independente da situação, o controle financeiro é fundamental.
E na educação financeira dos jovens, o papel da família é fundamental. Pais e filhos que dialogam sobre dinheiro e sobre como andam as finanças no lar têm maiores chances de conseguir a saúde financeira, ou seja, adequar receitas às despesas de modos que necessidades e desejos possam ser atendidos de acordo com o padrão de vida que a família pode levar. E com isso evitam endividamentos desnecessários, que, diga-se de passagem, é um "tiro no pé" viver refém de juros num país como o Brasil, que possui as mais altas taxa de juros do mundo, em termos reais (já descontada a inflação).
E na última reunião do COPOM (Conselho de Política Monetária), em 10 de setembro, a SELIC (Taxa básica de juros da economia e que serve de referência para as demais: cheque especial, rotativo do cartão de crédito etc.) aumentou mais uma vez e passou para 13,75% ao ano. Essa situação somente reforça a importância dos cuidados com o próprio dinheiro.
A escola também desempenha papel relevante na formação. Mesmo que não haja matérias específicas de educação financeira nas grandes curriculares, determinadas disciplinas (matemática, por exemplo) podem encontrar espaços para discussões sobre o tema. Para isso, os professores precisar estar preparados de modo a perceberem as oportunidades nas quais poderão fazer inserções sobre educação financeira nas suas disciplinas.
Um jovem quando inicia sua carreira profissional com uma boa consciência sobre o usufruto do dinheiro, ele terá grandes chances de ser um adulto que venha a consumir de modo racional. E assim, as perspectivas para a construção de suas famílias futuras serão otimistas e terão condições de educar seus futuros filhos de modo melhor.
Enfim, independente da idade, uma boa educação financeira é um dos itens que contribui a uma melhor qualidade de vida. E por pensar assim, dentro em breve apresentarei aos leitores (e ao público em geral) novidades sobre o referido tema.
Fernando Antônio Agra Santos é Economista pela UFAL (Universidade Federal de Alagoas), Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e professor universitário das faculdades Vianna Júnior, Estácio de Sá e Universo e do curso de Formação Gerencial do Instituto Educacional Machado Sobrinho, sendo todas a instituições em Juiz de Fora - MG.
Sobre quais temas (da área de economia) você quer ler novos artigos nesta seção? O economista Fernando Agra aguarda suas sugestões no e-mail negocios_economia@acessa.com.