Para onde caminha a economia?
Para onde caminha a economia?
No que diz respeito à inflação, apesar da desaceleração do IPCA de julho, que foi de 0,62% no mês, o acumulado nos últimos 12 meses já é de 9,56% (bem acima do teto da meta, que é de 6,5% ao ano). Água e esgoto, energia elétrica, ônibus interestadual, feijão mulatinho, cebola, entre outros têm puxado o nível de preços. Se é necessário utilizar sempre de modo correto o nosso dinheiro, numa situação adversa como a atual, o uso racional do nosso dinheiro ganha uma ênfase. É muito importante pesquisar preços, substituir marcas, diminuir (ou eliminar) o consumo de supérfluos, combater o desperdício, economizar água e energia elétrica etc.
No que tange à questão das taxas de juros, a SELIC subiu pela sexta vez consecutiva e encontra-se em 14,25% ao ano (a mais alta do governo Dilma e uma das mais altas dos últimos anos). Por consequência, as demais taxas de juros na economia sobem. E como o spread bancário é elevadíssimo no Brasil, os juros do cheque especial chegam a 241,3% ao ano e os do rotativo do cartão de crédito chegam a 360,3% ao ano (maior taxa dos últimos 15 anos). Com isso fica o alerta: cuide das suas finanças! Administre-a de modo planejado e organizado!
Vale ressaltar que spread bancário é a diferença entre o que pagamos quando pegamos dinheiro emprestado (ou atrasamos o pagamento de um cartão de crédito ou não pagamos a fatura total) e o que ganhamos quando colocamos o nosso dinheiro numa aplicação financeira (a caderneta de poupança não remunera seque 9% ao ano). Por que será que, além dos juros, esses spreads são tão altos no Brasil? Qual será o poder político que o sistema financeiro (bancos) tem para influenciar as decisões econômicas de manterem juros e spreads altos? Será que é somente para combater a inflação ou para ampliar a lucratividade do setor?
Enfim, espero que as medidas do governo, de ajuste fiscal, mesmo pontuais, consigam mudar os rumos das variáveis econômicas aqui apresentadas e possamos já em 2016 escrever fatos econômicos mais agradáveis. Além das medidas emergenciais, medidas estruturais precisam ser tomadas, entre elas, as reformas tributária e política, para que o País volte a crescer e se desenvolver de modo sustentado.