A estratégia de marketing na responsabilidade social

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 Roberto Monti 4/2/2010

A estratégia de marketing na responsabilidade social

É claro que a estratégia é fundamental para o sucesso de qualquer empresa, mas só dará resultados desde que os negócios estejam definidos e que disponha de recursos para tal. No mundo altamente concorrido em que vivemos, com uma alta taxa de inadimplência que todos os segmentos enfrentam, com milhares de ofertas que procuram atrair a atenção do consumidor para o seu produto ou serviço, as empresas devem, dentro de seus recursos, melhorar cada vez mais o atendimento ao cliente com a escolha, contratação e treinamento de seu pessoal.

Kotler diz que “marketing é oportunidade e não recessão”. Esta afirmação reforça a tese de que marketing precisa ser estratégico, independente do seu ramo de atividade e de seu porte.

A empresa só prosperará se mantiver o foco em seu mercado, princípio este que deve ser atingido com a participação de seu presidente e de todos os componentes da mesma. Quando falamos em visão estratégica devemos deixar bem claro para todos na organização os seguintes pontos:


a) Qual é o negócio da nossa empresa? Qual é a nossa utilidade para o mercado?

b) Por que somos importantes e qual o valor que criamos para os Clientes?

c) Nós realmente somos diferentes ou “somos mais um” no mercado?

d) Nossa empresa tem um valor sustentável e é rentável para sobreviver?

 

Para que a empresa possa dar lucros é vital que exista um planejamento integrado e participativo, ou seja, que cada responsável de área possa realmente expressar a realidade de seu setor e a capacidade de realização de sua equipe para somar aos resultados das outras áreas. Este planejamento deve considerar sempre os dois lados da moeda: o que a empresa fornece ao mercado e o que o mercado exige da empresa (considerar o mercado-alvo e os demais segmentos). Se não houver este trabalho de planejamento a empresa não alcançará suas metas.

A participação social é uma exigência cada vez maior para o funcionamento e desenvolvimento da empresa e vêm caracterizando um dos mais importantes atributos de crescimento em todo o mundo gerando a verdadeira vantagem competitiva. As ações sociais promovidas pelas empresas privadas têm tido a missão de cobrir as lacunas deixadas pela omissão do poder público e ao realizar estas ações de cunho social para seus empregados e parceiros visam alcançar altos índices de produtividade e resultados favoráveis. Em países como os Estados Unidos, não podemos imaginar um cidadão que não tenha compromisso voluntário com associações, igreja ou escola. O mesmo se aplica para as empresas que têm a necessidade de mostrarem uma imagem real e positiva, intensos vínculos com as comunidades envolvidas em sua atuação.

De forma prática, as empresa estão deixando de lado os conceitos ultrapassados de proteção passiva, paternalista e de obediência simples às exigências de lei para alcançar a proteção ativa e a promoção do ser humano com ética e responsabilidade. Isto reforça o conceito de cidadania, amplia as aspirações sociais, é atributo estratégico para a sobrevivência, crescimento e perpetuidade das organizações.

E Você, Executivo/Empresário, está consciente desta responsabilidade e atento às oportunidades ?

 


Roberto Monti
é consultor de Marketing.
Co-autor do livro (IN)Fidelidade, Uma Questão de Qualidade
Clientes Sonham, Empresas Concretizam.
Editora Virgo - São Paulo, 09/2000