A estratégia de marketing na responsabilidade social
A estratégia de marketing na responsabilidade social
Kotler diz que “marketing é oportunidade e não recessão”. Esta afirmação reforça a tese de que marketing precisa ser estratégico, independente do seu ramo de atividade e de seu porte.
A empresa só prosperará se mantiver o foco em seu mercado, princípio este que deve ser atingido com a participação de seu presidente e de todos os componentes da mesma. Quando falamos em visão estratégica devemos deixar bem claro para todos na organização os seguintes pontos:
a) Qual é o negócio da nossa empresa? Qual é a nossa utilidade para o mercado?
b) Por que somos importantes e qual o valor que criamos para os Clientes?
c) Nós realmente somos diferentes ou “somos mais um” no mercado?
d) Nossa empresa tem um valor sustentável e é rentável para sobreviver?
Para que a empresa possa dar lucros é vital que exista um planejamento integrado e participativo, ou seja, que cada responsável de área possa realmente expressar a realidade de seu setor e a capacidade de realização de sua equipe para somar aos resultados das outras áreas. Este planejamento deve considerar sempre os dois lados da moeda: o que a empresa fornece ao mercado e o que o mercado exige da empresa (considerar o mercado-alvo e os demais segmentos). Se não houver este trabalho de planejamento a empresa não alcançará suas metas.
A participação social é uma exigência cada vez maior para o funcionamento e desenvolvimento da empresa e vêm caracterizando um dos mais importantes atributos de crescimento em todo o mundo gerando a verdadeira vantagem competitiva. As ações sociais promovidas pelas empresas privadas têm tido a missão de cobrir as lacunas deixadas pela omissão do poder público e ao realizar estas ações de cunho social para seus empregados e parceiros visam alcançar altos índices de produtividade e resultados favoráveis. Em países como os Estados Unidos, não podemos imaginar um cidadão que não tenha compromisso voluntário com associações, igreja ou escola. O mesmo se aplica para as empresas que têm a necessidade de mostrarem uma imagem real e positiva, intensos vínculos com as comunidades envolvidas em sua atuação.
De forma prática, as empresa estão deixando de lado os conceitos ultrapassados de proteção passiva, paternalista e de obediência simples às exigências de lei para alcançar a proteção ativa e a promoção do ser humano com ética e responsabilidade. Isto reforça o conceito de cidadania, amplia as aspirações sociais, é atributo estratégico para a sobrevivência, crescimento e perpetuidade das organizações.
E Você, Executivo/Empresário, está consciente desta responsabilidade e atento às oportunidades ?
Roberto Monti
é consultor de Marketing.
Co-autor do livro (IN)Fidelidade, Uma Questão de Qualidade
Clientes Sonham, Empresas Concretizam.
Editora Virgo - São Paulo, 09/2000