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Venda de fogos de artif?cio
Ao contr?rio do que se pensa, o m?s de junho
n?o ? o preferido pelas lojas que vendem fogos de artif?cio.
A tradi??o est? diminuindo em Juiz de Fora

S?lvia Zoche
Rep?rter
21/06/05

Quem vende fogos de artif?cios, em Juiz de Fora, diz que o importante ? a credibilidade do cliente no comerciante. Escute a opini?o de tr?s comerciantes de fogos de artif?cios

O com?rcio de fogos de artif?cio j? foi mais tradicional em festas juninas que hoje em dia. Segundo quem trabalha na ?rea, a situa??o econ?mica do pa?s colabora para que as pessoas deixem as compras dos fogos por ?ltimo e que a tradi??o, aos poucos, seja deixada de lado.

Para se manter no mercado, a credibilidade dos clientes deve ser conquistada. "O fregu?s tem que saber que os fogos s?o de boa qualidade e se s?o seguros. N?o adianta comprar de quem n?o ? legalizado s? porque ? mais barato", diz o s?cio-propriet?rio do Fogos Nicolino, Marco Ant?nio Sa??o (foto abaixo, ? direita).

Quem age de acordo com a lei ? fiscalizado pelo Corpo de Bombeiros para saber se existe condi?es seguras para a venda, depois deve ser autorizado pela prefeitura e pela Secretaria de Estado de Seguran?a P?blica. E isso demanda dinheiro. Tudo para evitar acidentes. Por isso, os comerciantes que n?o s?o legalizados vendem fogos de artif?cio mais barato. S? que o cliente corre s?rio risco, porque n?o sabe a proced?ncia, a qualidade nem a seguran?a do produto.

Se o comerciante, al?m de vender quiser instalar os fogos, fazer shows pirot?cnicos, deve gastar mais ainda com cursos de seguran?a, de transporte de cargas perigosas, de conhecimentos ambientais, entre outros, al?m de licen?as anuais que chegam a custar
R$ 500.

"? necess?rio, entre outras coisas, tirar uma carteira, chamada carteira Blaster, para executar o servi?o", informa o s?cio-propriet?rio e pai de Marco, Pedro Andr? Sa??o (foto acima, ? esquerda).

"Isso encarece o nosso servi?o, mas ? um diferencial tamb?m. Tanto que somos a ?nica empresa de Juiz de Fora que possui a declara??o de exclusividade da Associa??o Comercial para realizar shows pirot?cnicos", garante Sa??o.

Buscar o novo
A busca de uma tecnologia melhor, a renova??o de produtos ? uma forma de se manter no mercado e de destacar-se. "Procuro sempre algo novo, que tenha mais cor e menos fuma?a, fa?o cursos. Se voc? n?o procura novidades, acaba perdendo o mercado".

Sa??o n?o se limita a festas tradicionais, como festa junina e ano novo, para o seu trabalho. Festas de empresas, anivers?rios, baladas, inaugura?es, n?o importa. Mas, antes de pegar o servi?o, ele analisa o local da festa. "J? recusei trabalho, porque o local onde queriam fazer o show pirot?cnico n?o era apropriado. Tem uma festa que querem um show de cores ?s 17h30. Pedi para ir ao local antes da data, no mesmo hor?rio para ver as condi?es de luminosidade. Se ainda estiver claro, n?o posso prometer o que eles querem. A verdade faz com que as pessoas acreditem em um servi?o bem prestado", diz.

Mix de produtos
Alguns comerciantes optam por vender fogos de artif?cio, mas tamb?m artigos para pesca, materiais de constru??o, entre outros produtos. Isso porque vendem fogos mais no Ano Novo ou na Copa do Mundo. "Quase n?o vendemos fogos de artif?cio durante as festas juninas e julinas. As festas de bairro diminu?ram muito", diz o propriet?rio da Atende Fogos de Artif?cios, Reginaldo Jos? (foto ao lado).

Reginaldo, que trabalha no ramo de fogos h? 20 anos, mant?m a venda dos fogos por ser uma tradi??o de fam?lia. Na mesma linha segue o dono da loja Casa Richa, Roberto Richa. Para ele, Juiz de Fora n?o possui o perfil de cidade de fogos de artif?cio. "N?o ? poss?vel vender somente os fogos. ? preciso trabalhar com outros segmentos para ficar no mercado. A tradi??o de fogos ? t?pica de cidades pequenas", conclui.