Taxistas de Juiz de Fora dobram o movimento e chegam a faturar
R$ 150 por noite, na semana do Rainbow Fest e do Miss Brasil Gay
Chico Brinati
Colabora??o
17/08/05
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"O p?blico homossexual gasta muito e n?s estamos esperan?osos. Depois de
uma queda no ano passado (ocasionada pela ida do concurso para o Rio de
Janeiro), acredito que este ano vamos ter um bom ganho", espera Uvilson. A
"semana rosa" j? ? considerada um dos principais eventos no calend?rio dos
taxistas.
Para o presidente do Sindicato representante da categoria (SCAVR), Aparecido Fagundes da Silva (foto abaixo), ? o per?odo que mais recursos financeiros traz a Juiz de Fora. Tanto que, segundo ele, mesmo os motoristas que teriam direito ? folga, nesses dias, preferem trabalhar.
Segundo dados do Sindicato, o taxista recebe durante a Rainbow Fest, no
m?nimo, R$ 150 por noite (das 17h ?s 6h), enquanto o normal ? R$
100, em m?dia. Aparecido exerce a fun??o de taxista desde 1979. Segundo ele, em todos esses
anos de profiss?o, o maior faturamento que recebeu foi durante um Miss Gay.
"Uma vez, um turista trocou, por engano, sua mala ao sair de um aeroporto,
no Rio de Janeiro. Ele pagou uma viagem de t?xi para a capital fluminense
(cerca de R$ 350, hoje) s? para buscar a mala. Foi o maior valor que recebi
por uma corrida em toda minha carreira de taxista", afirma o presidente do
Sindicato.
"Eles devem estar capacitados para, quando um turista entrar no carro e
dizer: eu quero ir ? determinada festa, o taxista o leve l?", refere-se
Oswaldo, aos taxistas. Para ele, o visitante deve confiar no servi?o
prestado pela categoria.
Para isso, os taxistas, em especial os que trabalham no turno da noite, est?o se preparando para receber
os visitantes. O MGM vai encaminhar um of?cio
para o Sindicato com toda a programa??o da VIII Rainbow Fest e os locais
onde ir?o acontecer as festividades.
Conduzindo Miss... Gay! Mas nem sempre esse clima ? ameno. "No ano de 2002, o respons?vel pelo
Disque-Den?ncia Homossexual de Bras?lia, Caio Varella, esteve na
cidade. Pegou um t?xi do Aeroporto para o Centro e, no caminho, o taxista
perguntou se era a primeira vez que ele vinha ? cidade. Quando o Caio
respondeu que sim, o motorista disse: 'voc? escolheu uma p?ssima ?poca para
vir, pois a cidade est? cheia de gays...' Foi uma confus?o tremenda, com
pol?cia e tudo. O que queremos ? que isso n?o volte a ocorrer", conta
Oswaldo.
"Antes, n?s n?o est?vamos preparados para atender a demanda da ?poca do Miss
Gay, agora, estamos melhorando, fazemos trabalhos, com cursos e palestras
com o objetivo de orientar a classe... Hoje, essa situa??o de preconceito
acontece pouco, quase n?o existe. Se algum motorista tiver alguma
discrimina??o, que trate os passageiros de forma profissional, respeitando
os seus direitos e as suas escolhas", diz Aparecido.
Oswaldo faz coro: "A cidade deveria quebrar seu preconceito e assumir sua
identidade de turismo GLS, deixar de insistir em outros tipos de turismo que
n?o est?o consolidados por aqui e investir mais em eventos para o p?blico
homossexual".
Vou de t?xi