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Entrega r?pida, lucro alto
Greve dos Correios aumenta procura por empresas privadas
que prestam servi?o semelhante

Chico Brinati
Rep?rter
21/09/05

A greve nacional dos funcion?rios dos Correios tem feito com que pessoas interessadas no servi?o de entrega r?pida de mercadorias busquem alternativas em Juiz de Fora. Uma das formas mais procuradas para as correspond?ncias a serem expedidas com urg?ncia ? o envio por meio de empresas particulares de transporte.

Apesar das ag?ncias da empresa, na cidade, n?o terem aderido ? greve, o gerente regional dos Correios, S?rgio Sacramento, concorda que os servi?os de envio e entrega foram afetados. "Em determinados pontos em que os funcion?rios est?o em greve, o atraso chega a 20% das cartas. Em Juiz de Fora, todas as correspond?ncias que chegam s?o entregues. O problema ? da paralisa??o na cidade de origem delas", informa.

Segundo o coordenador operacional de uma empresa privada de entrega na cidade, R?bson Ladeira (foto acima), a procura pelo servi?o prestado pelo seu empreendimento dobrou no que se diz respeito ?s entregas e aumentou cerca de 40% no envio de encomendas, desde o in?cio da greve.

Em alguns casos, as empresas privadas podem apresentar custos mais elevados se comparados com as postagens dos Correios. Para R?bson, ao contr?rio do que a maioria das pessoas pensa, os pre?os praticados s?o compat?veis com os dos Correios.

"Em alguns servi?os, as empresas privadas t?m uma tarifa at? mesmo menor", diz. O custo depende, basicamente, do peso e do local de entrega da correspond?ncia.

A empresa em que ele trabalha com transporte de "carga expressa, mercadoria urgente" existe h? sete anos na cidade. Os servi?os s?o semelhantes aos prestados pelos Correios. O tempo de entrega, contudo, depende do destino da mercadoria. "Se a cidade possu?sse aeroporto, entregar?amos a encomenda no mesmo dia. Hoje, dependendo da forma enviada, ela pode ser entregue na manh? seguinte", comenta.

Ele alega que, pela experi?ncia de greves anteriores, mesmo depois do fim da paralisa??o dos Correios, o movimento continua num n?vel considerado bom. "A pessoa nos procura por falta de alternativa e acaba gostando. Na ?ltima greve dos Correios tivemos um aumento entre 30% e 40% depois que eles voltaram ?s atividades", relata.

Segundo R?bson, o mercado tem necessidade deste tipo de servi?o alternativo de transporte. No entanto, ele v? como dif?cil a tarefa de mudar a cultura do brasileiro em rela??o ? postagem de mercadorias. "A op??o que as pessoas sempre lembram s?o os Correios, temos que mudar isso com um servi?o de qualidade", completa.

Quase na normalidade
O gerente regional dos Correios informa que a maioria dos servi?os est?o sendo prestados normalmente, nas ag?ncias, incluindo os de entrega r?pida.

"Est?o paralisados apenas o Sedex 10, o Sedex Hoje e o Sedex Mundi. Pois ter?amos que arcar com o compromisso de entrega em localidades onde as ag?ncias est?o de greve, o que pode gerar imprevistos", alega. Nestes tipos de envio, o cliente pode solicitar indeniza??o, caso a mercadoria n?o chegue no prazo estipulado.

No entanto, Sacramento diz que as entregas r?pidas dentro de Juiz de Fora e com destino para cidades onde as ag?ncias n?o est?o em greve, est?o sendo feitas sem problemas.

Segundo ele, ao contr?rio do que ? divulgado, no estado de Minas Gerais, os Correios est?o com as atividades "parcialmente" paralisadas em apenas cinco cidades.