Vendedores de ?gua de coco apostam
no aumento da temperatura para alavancar lucro
Chico Brinati
Rep?rter
19/10/05
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"Enquanto no inverno, o dia rende, em m?dia, apenas R$ 10, no calor fica
entre R$ 25 e R$ 30. Temos que aproveitar o bom movimento do ver?o para nos
garantir no inverno", garante. Embora, tenha adquirido uma freguesia fiel,
com pessoas que vem, diariamente, beber da sua ?gua, Ruim?rio n?o est?
satisfeito com o retorno financeiro. "? dif?cil crescer assim, n?o d? lucro.
A gente n?o consegue empregar ningu?m e precisa trabalhar no frio, onde o
faturamento ? muito baixo", diz. Mesmo assim, o aumento da temperatura n?o o deixa desanimar. Para Ruim?rio,
quanto mais quente estiver, mais cocos ser?o vendidos. "Tomara que o tempo continue esquentando cada vez
mais", diz. Conquistando o cliente O aumento no n?mero de cocos vendidos por Avladir no calor ? surpreendente.
"Por dia, no inverno, vendo entre seis a oito cocos. No calor, s?o de 50 a
60 cocos", relata. Ou seja, quase dez vezes mais que nos dias frios ou
chuvosos. Para ele, o consumidor tem que mudar o h?bito de s? beber ?gua de coco em
dias quentes. "O pessoal tem que lembrar que ?gua de coco ? sa?de e que n?o
precisa, necessariamente, ser tomada s? no calor. Ela ? boa no inverno
tamb?m", enfatiza. Sem ilus?o Para Eliender, no entanto, sua atividade ? o que ele gosta de chamar de um
mercado de incertezas. "A pessoa que v? essa movimenta??o em frente a
barraca, durante o ver?o, n?o pode se iludir achando que ? um neg?cio muito
rent?vel, pois n?o ?", alerta. O valor arrecadado na temporada de calor, nem
sempre garante o sustento para o restante do ano. "No in?cio, h? tr?s anos,
tive um pouco de dificuldade em garantir renda no inverno. Passei apertado.
Com o tempo, aprendi a fazer o meu p? de meia durante o ver?o e me garantir
para o frio", ensina. Eliender, que ? casado, diz que o dinheiro que tira na barraca ? apenas um
complemento na renda do casal, pois ? um valor incerto. "Hoje voc? tem
cliente, amanh?, n?o", diz. Como consegue se manter na fun??o, com tanta
dificuldade? "Sou persistente, pode fazer frio, calor, chuva... Sempre estou
aqui, vendendo ?gua de coco. Isso faz com que mantenha uma clientela fiel.
Mas ? complicado, vida de ambulante n?o ? para qualquer um", garante. A voz da experi?ncia Na temporada de temperaturas baixas, ele busca alternativas para aumentar a
renda, somando na barraca ? ?gua de coco, chinelos, roupas, bijuterias... "A
gente tem que aprender a conviver com as adversidades. Vendo algumas
'coisinhas extras' para ajudar durante o frio, mas, no ver?o, vivo melhor
com minha ?gua de coco", garante.
R$ 600.