Laticínios
L?cteos devem ficar mais caros a partir de abril Diminui??o das chuvas e aproxima??o do inverno influenciam "no bolso" de produtores, revendedores e consumidores
Rep?rter
27/03/2007
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O ver?o acabou, o outono est? a todo vapor e a natureza j? come?a a dar suas pistas de mudan?as clim?ticas.
O que isso tem a ver com o seu bolso? Tudo. Mais que programar uma piscina para o fim de semana ou o que fazer no feriado, sol e chuva determinam quanto vai custar o seu pr?ximo caf? da manh? ou tarde.
Isso porque o mercado de produtos l?cteos - um dos alimentos mais consumidos na hora do lanche dos brasileiros - depende muito do clima.
Entre outubro e mar?o, ?poca em que a pluviosidade ? alta, a din?mica do mercado ? natural. Mas com a chegada de abril, e com o in?cio dos meses classificados como "de seca" por quem ? da ?rea, cooperativas, produtores e consumidores j? come?am a se preparar para o aumento no pre?o dos produtos.
Como tudo em economia, a velha l?gica da "lei da oferta e da procura" tamb?m age quando o assunto ? queijo, requeij?o, leite ou iogurte. Se n?o chove, o pasto n?o cresce, as vacas comem menos e, conseq?entemente, produzem menos mat?ria-prima. Com menos produto no mercado, a demanda fica maior que a oferta, e os pre?os sobem.
A alta no pre?o dos produtos em raz?o do per?odo de entressafra j? deve come?ar a ser sentida pelo consumidor no pr?ximo m?s. O que ainda n?o d? para prever ? somente de quanto vai ser esse acr?scimo com as despesas de l?cteos.
Esse aumento, que faz parte da din?mica de mercado dos produtos l?cteos, j? foi mais gritante. H? 15 anos, por exemplo, antes de alternativas como a insemina??o artificial - que faz com que os produtores possam programar quando suas vacas v?o dar leite - o mercado sofria uma baixa de at? 50% nos meses que v?o de abril at? setembro.
"Imagina-se que em 2007, a porcentagem no aumento dos produtos pode chegar a ser maior que em outros anos, em raz?o do per?odo de seca, que come?a em abril. Logo depois do carnaval j? parou de chover. J? estamos sofrendo com a falta de pasto. J? no ano passado, por exemplo, o aumento dos produtos foi sentido em junho. "
, afirmou Tenchini.
O Instituto C?ndido Tostes, j? no m?s de mar?o, comprou a mat?ria-prima com 8% de acr?scimo. O resultado disso foi um leite R$ 0,05 mais caro para quem compra o produto do fornecedor e cerca de R$ 0,15 a mais para o consumidor.