Calor e horário de vevão impulsionam economia em bares de JF
Calor e horário de verão impulsionam economia em bares de JF
Movimento intenso faz com que sejam abertas novas vagas para contratação de pessoal. Dificuldade é encontrar mão de obra para trabalhar no setor
Repórter
30/10/2012
Com o aumento das temperaturas nos últimos meses e com a chegada do horário de verão, os juiz-foranos têm deixado os bares e restaurantes da cidade cada vez mais cheios. Em média, o crescimento gira em torno de 20% até a marca dos 100%, dependendo do local. E, para a atender à crescente clientela, os proprietários têm buscado mão de obra, seja por meio de contratações fixas ou temporárias, mas existe dificuldade de encontrar interessados.
Conforme informaram os proprietários de bares entrevistados pelo Portal ACESSA.com, o aumento da freguesia têm ocorrido de forma crescente não apenas pelo calor, mas a consequente sensação de dias mais longos provocado pelo horário de verão. Em um dos bares tradicionais da cidade, o Bar do Bigode e Xororó, a clientela dobrou e o proprietário afirma que, nessa época, as pessoas têm o hábito de sair do trabalho e ir direto para o estabelecimento. "A procura está muito acima da média, principalmente na sexta, sábado e véspera de feriado", explica Nilton Oliveira. Porém, segundo ele, não é possível contratar novos garçons porque o bar já possui 24 funcionários, o suficiente para o que ele comporta de freguesia.
Já o proprietário do Tullys Bar, Valter Souza, afirma que foi necessário contratar mais dois garçons nos últimos dois meses e ainda deve buscar novos funcionários até o final do ano. "A clientela aumentou uns 20% e tem aparecido até nas segundas-feiras, quando o movimento normalmente é fraco." Situação semelhante é vivida no Quintal Bar, onde um garçom e um barman foram contratados recentemente. "Estamos com dois freelas fixos e outros dois que estão atendendo aos finais de semana. O bar tem ficado cheio todos os dias", conta o proprietário Anderson Salles.
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Dificuldade de contratação
Apesar da grande oferta de mão de obra que tem sido apresentada, alguns comerciantes alegam encontrar dificuldade na hora da contratação. Com uma demanda 70% maior no período, o Bar do Léo está com três vagas de garçons em aberto, mas não encontra pessoas dispostas a trabalhar. "Ninguém quer ficar em casa com esse calorão, mas está difícil atender à freguesia porque não encontramos garçons na cidade", expõe a proprietária Rita de Cássia Vicente.
Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Zona da Mata (Abrasel), João de Matos Neto, a situação é vivida pela maioria dos estabelecimentos do ramo em Juiz de Fora. "Com a aproximação do fim de ano, existe uma tendência natural de aumento de recrutamento no setor, seja temporário ou definitivo. O problema é que a necessidade não está sendo mais atendida na cidade", conta.
Segundo ele, o efetivo de trabalhadores do ramo está abaixo do ideal, fator atribuído ao crescente número de casas sendo abertas e expansão de outras. "Além disso, a cultura cada vez mais forte de buscar bares e restaurantes como pontos de encontro pode ser atribuída nesta dificuldade enfrentada", explica.