Juiz de Fora participa de treinamento para o combate é pirataria. A cidade contabiliza mais de duas mil m?dias apreendidas este ano

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Quarta-feira, 8 de abril de 2009, atualizada ?s 19h

Juiz de Fora participa de treinamento para o combate ? pirataria. S?o mais de duas mil m?dias apreendidas este ano


Daniele Gruppi
Rep?rter

S? neste ano, foram apreendidas, em Juiz de Fora, 2.753 m?dias piratas. Para que as a?es de combate ? pirataria sejam mais eficazes na cidade, cerca de 80 profissionais de ?rg?os p?blicos participaram do Programa de Treinamento de Capacita??o em Antipirataria nesta quarta-feira, dia 8 de abril.

Durante o treinamento, foi apresentado um panorama geral sobre a ilegalidade nos setores de software, m?sica e filme, al?m dos preju?zos causados para ind?stria local e o balan?o das a?es realizadas na regi?o. Os profissionais tamb?m receberam dicas quanto ? identifica??o de c?pias ilegais.

Segundo o coordenador de jur?dica da Associa??o Antipirataria Cinema e M?sica (APCM), Tiago Say?o de Aguiar (foto abaixo), o treinamento j? percorreu mais de 50 cidades brasileiras e o retorno tem sido positivo, pois contribui para a redu??o do com?rcio ilegal de produtos piratas.

Uma das dificuldades de se combater a pirataria ? o fato de a atividade ser altamente lucrativa. Em Juiz de Fora, por exemplo, o pre?o de um DVD varia entre R$ 5* e R$ 7*, sendo que as despesas s?o de apenas R$ 0,50*. "D? para se montar uma rede, em que um fornece para outro at? chegar ao vendedor final, que ainda consegue ter um bom lucro sobre a atividade."

Para Aguiar, n?o se combate pirataria s? com a?es repressivas, mas tamb?m com as medidas educativas e econ?micas. "Uma medida econ?mica favor?vel, por exemplo, seria diminuir o imposto para CD e DVD, pois 40% do seu valor ? para pagar imposto."

A associa??o acredita que a pirataria est? ligada ao tr?fico de drogas. Aguiar ressalta que a conscientiza??o da sociedade ? importante para n?o alimentar o com?rcio ilegal de produtos piratas. Para denunciar, basta ligar para 0800 11 00 39 ou 0800 11 39 41.

Realidade nacional da pirataria

Conforme a APCM, o setor fonogr?fico no Brasil tem 48% de seu mercado tomado pela pirataria, o que j? ocasionou nos ?ltimos anos a perda de mais de 80 mil empregos formais e uma queda de mais de 50% no faturamento do setor. Al?m disso, mais de 3,5 mil pontos de vendas legalizados foram fechados no pa?s e a estimativa com a perda em arrecada??o de impostos ultrapassa os R$ 500 milh?es anuais.

No setor audiovisual, as estat?sticas n?o s?o muito diferentes. No ano de 2006, por exemplo, mesmo o mercado lan?ando cerca de 1,7 mil t?tulos de filmes em DVD e um faturamento de mais de R$ 700 milh?es em bilheteria de cinema no Brasil, ainda h? perdas com pirataria, pois 59% dos DVDs comercializados n?o s?o originais. A c?pia de filmes piratas (39%) e o download pela internet (38%) s?o os grandes respons?veis pela perda da ind?stria.

A pirataria de software tamb?m prejudica o desenvolvimento econ?mico e a gera??o de empregos diretos e indiretos. Segundo dados divulgados pela Associa??o Brasileira das Empresas de Software (Abes), Minas Gerais perdeu, em 2007, cerca de R$ 238 milh?es apenas em fun??o da pirataria do setor e ?, atualmente, o terceiro Estado com os maiores preju?zos.

De acordo com Aguiar, uma pesquisa realizada pela Unicamp aponta que, no total, o Brasil deixa de arrecadar R$ 30 bilh?es devido ? pirataria. "O valor equivale aproximadamente ao or?amento do Minist?rio da Educa??o."

Os CDs virgens e os CDs e DVDs piratas est?o entre os produtos mais contrabandeados no Brasil. Perdem para artigos de inform?tica, aparelhos eletr?nicos e cigarros. As principais origens das importa?es das m?dias s?o Taiwan, Hong Kong, China, Cor?ia do Sul, ?ndia, Mal?sia, dentre outros. Os principais portos de entradas s?o os de Vit?ria, Santos, Paranagu?, Manaus, Rio de Janeiro e Itaja?.

*Os foram fornecidos em abril de 2009

Os textos s?o revisados por Madalena Fernandes