Cai número de postos de emprego abertos no primeiro semestre de 2011 em comparação com o ano passado

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Terça-feira, 19 de julho de 2011, atualizada às 18h

Cai número de postos de emprego abertos no primeiro semestre de 2011 em comparação com o ano passado

Aline Furtado
Repórter

Juiz de Fora registrou queda do número de postos de emprego abertos no primeiro semestre de 2011 em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Estudo de Evolução do Emprego, realizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta terça-feira, 19 de julho.

Em 2010, foram 30.986 admissões contra 28.800 demissões, o que resulta em um saldo de 2.186 postos. Já este ano, foram registradas 34.592 admissões e 33.395 demissões, resultando em um saldo de 1.197 postos.

Os dois setores que registraram maior queda no número de vagas criadas são a indústria de transformação e a construção civil. A indústria de transformação, que em 2010 apresentou saldo de 695 novos postos, em 2011, criou 239 vagas. "Essa mudança é resultado da retração de investimento e de poupança, que são pontos que contribuem para o desenvolvimento do país", aponta o consultor econômico do Centro Industrial de Juiz de Fora, Antônio Flávio Luca do Nascimento. Ainda segundo ele, a queda pode ser resultado da crise no mercado econômico mundial, que reduz a exportação.

Já a construção civil fechou o primeiro semestre com saldo negativo de 37 vagas. No ano passado, o setor contabilizou, ao longo dos seis primeiros meses do ano, a abertura de 635 postos. Para o presidente do Sindicato da Indústria e Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon), Leomar Delgado, a queda no número de vagas ocupadas pode ser explicada por três fatores. "O mais óbvio seria a escassez de mão-de-obra."

Além disso, segundo ele,quando demitidos, os empregados optam por não retornarem ao mercado de forma imediata. "Se demitido, ele prefere usufruir do benefício do seguro-desemprego, abrindo mão do novo emprego com carteira assinada." Por fim, Delgado aponta a estabilidade do setor. "Primeiro tivemos a aceleração, já que saímos de um patamar baixo. Então, é natural é haja manutenção dos postos, ou seja, a estabilidade do quadro."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken