Uma consideração de ordem prática coerente ao ambiente organizacional
Uma consideração de ordem prática coerente ao ambiente organizacional
Uma visão mais ampliada dos elementos psicológicos que atuam nas organizações revela que a complexidade do grupo não permite ações cujos pensamentos venham a assumir a condição de "pensamentos reducionistas", de separação dos elementos que se apresentam dentro do espaço. Pensamentos! Alguém falou em pensamentos? Sim, pensamentos. Eles perpassam o interior dos Diretores, dos Supervisores, dos indivíduos que trabalham nos grupos e, mais importante, perpassam "as coisas" que se relacionam com estes trabalhadores. Alguém poderia dizer que esta afirmativa nos leva a crer que os pensamentos também possam ser encontrados em um computador, em uma mesa, em uma máquina, etc. Este movimento do pensar está correto. Isto é verdade – o que difere, neste caso, é a forma com que estes pensamentos são ali encontrados. Assim sendo, quem teria a coragem de pensar sobre o assunto mesmo sabendo das dificuldades para compreendê-lo. Quem poderia admitir uma afirmativa deste porte, como algo capaz de ampliar os horizontes e as ações do grupo empresarial de maneira a torná-los firmes e fortes diante das mudanças necessárias?
Acreditar assim é não dar a devida importância à totalidade do fenômeno que ocorre no mundo do trabalho, em seu ambiente, em nosso mundo interior e no mundo externo em que vivemos. Por hora, prefiro esforçar-me na convicção de que os pensamentos também estão "nas coisas" – na totalidade do ambiente organizacional, e que a verdadeira prática do pensamento, conforme disse Rudolf Steiner, "exige e pressupõe que se encare a atividade mental com critério e sentimentos adequados". Talvez, a paciência seja uma consideração de ordem prática, uma virtude necessária para concebermos os pensamentos "nas coisas", em seu devido tempo.
André Salles é Bacharel em Psicologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora; Pós-Graduado Latu-Sensu em Psicologia Fenomenológico-Existencial pela PUC-MG; Mestrado em área de Concentração Filosófica pela UFJF; Formação em Docência pelo DETRAN-MG - atuou como Professor e pesquisador em Psicologia Aplicada em Centros de Treinamentos de Condutores na cidade de Juiz de Fora; Foi Educador em disciplinas de Psicologia e Filosofia na Faculdade Sudeste de Minas – FACSUM; Conselheiro Administrativo em Psicologia do Trabalho junto ao Instituto Joaquim Soares de Oliveira, na cidade de Santos Dumont - MG; Detentor de Cargo Público do Governo Federal, onde atua em serviços Técnicos na área Operacional de Gestão de Pessoas, desde o ano de 2001; Psicólogo do Trabalho e Psicólogo Clínico vinculado à Associação Brasileira de Psicólogos Antroposóficos; Curso em Formação Antroposófica e Educação Waldorf – Foundation Courses and Waldorf Certificate Program - pelo Sophia Institute – US. Saiba mais clicando aqui.