Um Bom Caminho para a Contemplação Organizacional

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Um Bom Caminho para a Contempla??o Organizacional
André Salles 29/12/2014

Um Bom Caminho para a Contemplação Organizacional

Este primeiro acesso ao que está "oculto", que pode mais facilmente ser acessado mediante a observação de seus efeitos, só pode existir se anteriormente eu for capaz de me familiarizar com as "revelações da pesquisa do suprassensível". Neste sentido ele se torna um bom caminho para a contemplação, por exemplo, dos motivos que levam a organização a seguir este ou aquele caminho. Sim, tenhamos em mente que as direções e os movimentos, dentro do ambiente organizacional são "marcados" pelos "efeitos do suprassensível" dos trabalhadores ali inseridos. Daí a importância nevrálgica de uma Seleção Profissional.

Afirmarmos anteriormente que, para trabalharmos o "destino" de uma empresa é necessário mudanças na maneira de pensar a organização. Temos de pensa-la como ambiente em "constante movimento", em uma "luta contínua", onde nada está estático porque o "suprassensível" dos indivíduos que ali laboram moldam suas substâncias e forças no trabalho que realizam.

É muito comum observarmos líderes buscando mudanças sem levar em conta este "oculto" organizacional. Poderíamos até dizer que o esforço seria infrutífero se não estivéssemos prontos a atender ao princípio fenomenológico. Mas este não é o caso, queremos trabalhar sempre com vistas ao "descritivo" para depois realizarmos os projetos porque são os indivíduos que compõem as organizações quem formatam ou "destinam" a condição manifesta na organização. Neste sentido afirmamos a necessidade primária de iniciar mudanças no processo de admissão, na tentativa de primeiro reforçar o contingente de trabalho com indivíduos que possuam um "suprassensível" o mais próximo possível do "oculto fluir" da organização.

O "salto qualitativo" é, então, a abertura que realizamos para perceber, observar, catalogar os efeitos do "suprassensível". Deve ser uma observação fenomenológica, sem julgamentos, sem críticas. É a coragem para saber e, sobretudo, para "sentir" que o "pré-estabelecido", o que está estático dentro da organização, nada tem em comum com o "eterno fluir" que está no indivíduo e que se "figura" na organização pelo indivíduo. É por isto que o pensamento "automático", sem levar em conta as substâncias e forças do "suprassensível", nos fornece apenas uma ilusão dos movimentos do ambiente organizacional.


André Salles é Bacharel em Psicologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora; Pós-Graduado Latu-Sensu em Psicologia Fenomenológico-Existencial pela PUC-MG; Mestrado em área de Concentração Filosófica pela UFJF; Formação em Docência pelo DETRAN-MG - atuou como Professor e pesquisador em Psicologia Aplicada em Centros de Treinamentos de Condutores na cidade de Juiz de Fora; Foi Educador em disciplinas de Psicologia e Filosofia na Faculdade Sudeste de Minas – FACSUM; Conselheiro Administrativo em Psicologia do Trabalho junto ao Instituto Joaquim Soares de Oliveira, na cidade de Santos Dumont - MG; Detentor de Cargo Público do Governo Federal, onde atua em serviços Técnicos na área Operacional de Gestão de Pessoas, desde o ano de 2001; Psicólogo do Trabalho e Psicólogo Clínico vinculado à Associação Brasileira de Psicólogos Antroposóficos; Curso em Formação Antroposófica e Educação Waldorf – Foundation Courses and Waldorf Certificate Program - pelo Sophia Institute – US.Saiba mais clicando aqui