Josy Visonar
Josy Visonar
Diretora do curta-metragem Sofia, com lan?amento em
fevereiro, fala sobre seus trabalhos no cinema
S?lvia Zoche
Rep?rter
06/02/2006
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Aos 17 anos, foi pra Londres e viu de perto v?rias obras e uma delas a emocionou profundamente. "A exposi??o de Salvador Dali foi especial. Fiquei l? por cinco horas e chorei o tempo inteiro", lembra. Josy percebeu que as artes estavam em suas veias e precisava extravasar.
"Fui em busca de um ve?culo para me expressar e experimentei de tudo. Fiz curso de design, fui pra S?o Paulo fazer fotografia, acabei nas Artes Pl?sticas. At? que tive uma oportunidade extraordin?ria de tranfer?ncia para C?rdoba". Foram dois momentos diferentes: no Brasil, ela teve aulas com a vis?o p?s-modernista e na Argentina, o ensino cl?ssico das Artes.
No in?cio de 2005, ela voltou ao Brasil, especificamente para Juiz de Fora e resolveu cursar a faculdade de Cinema, TV e M?dia Digital. "Descobri o curso e vi que os professores s?o os melhores da regi?o", enfatiza.
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Cenas de "Alberico" | Cenas de "Alberico" |
Sua primeira produ??o foi um trabalho pra faculdade, em conjunto com amigos, em que Josy ficou respons?vel pela dire??o de fotografia. "Foi uma anima??o, em stop motion, intitulada Alberico Procura. A constru??o do cen?rio demorou uns tr?s meses pra ficar pronto, n?o ? Cacinho?", pergunta ao amigo, que confirma. O filme surpreendeu a todos e foi selecionado, inclusive, para participar do Festival Primeiro Plano de 2005.
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"A volta do Trem das Onze" | "A volta do Trem das Onze" |
Em seguida, os tr?s amigos - Cacinho, Josy e Raul - ficaram sabendo de um concurso universit?rio nacional, com mais de 30 concorrentes. O objetivo era produzir um clipe para o cantor Tom Z?. Dessa vez, "fizemos para a m?sica A volta do Trem das Onze e aproveitamos o cen?rio de Alberico", conta. Resultado: 2? lugar no concurso. "O que deixou a gente mais feliz ? que, al?m de ter a participa??o de universidades de renome no cinema, como USP e UNB, o Tom Z? fez parte da banca", orgulha-se.
O curta, Sofia
Josy conta que ficou surpresa com ela mesma. "Achei que fosse ficar ansiosa,
insegura, mas n?o". A m?e de Josy, que tamb?m ajudou no projeto, brinca e diz que ela foi diretora e
ditadora. "? que decis?es precisavam ser tomadas, a equipe tinha que ser
coordenada e esse foi o meu papel", diz.
Dois nomes que ela n?o deixa de citar s?o dos atores: Lia que, na verdade, ?
dan?arina e estudante de Letras; e Diogo Albino, que ? m?dico. "Ela foi
demais, porque se envovlveu profundamente no filme. Inclusive, deixou a
gente cortar e pintar o cabelo, al?m das tardes intermin?veis de estudo do
texto. O Diogo tamb?m foi ?timo. Ele ? um amigo que pensou que nem
apareceria tanto no filme. Quando viu que estava em praticamente todas as
cenas, assustou. Mas foi at? o fim com a gente", conta.
Foram mais de duas tardes que resultaram em quase quatro minutos de curta-metragem. "Na verdade, s?o seis meses e meio de trabalho para quase quatro minutos.
Estou completamente satisfeita", diz Josy. Se ela tem receio do que as
pessoas v?o achar? "A responsabilidade ? grande, mas depois de Sofia
me sinto mais segura.