Gilberto Costa

Por

Gilberto Costa Cantor e compositor da MPB, artista
juizforano prepara seu segundo ?lbum

Thiago Werneck
Colabora??o*
10/07/2007
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A MPB, m?sica popular brasileira, com romantismo e com os sentimentos de um juizforano. Assim se destaca o trabalho de cantor e compositor Gilberto Costa que traz na bagagem influ?ncia da Jovem Guarda e de cantores como Milton Nascimento, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Voz e viol?o animam seus shows de m?sicas autorais e de outros artistas.

S?o 21 anos de carreira dedicados a festivais, apresenta?es em barzinhos e shows. Gilberto tem hoje um CD, de nome Daluz, lan?ado em 2004. S?o m?sicas de sua autoria e que levam a mensagem do cantor. "Meu trabalho representa meu lado ?ntimo e passa um lado de amor bem resolvido, pra cima, nada de melancolia", ressalta Gilberto.

O ?lbum ? uma produ??o independente e conta com apoio de apenas um empres?rio. O cantor ressalta que o lan?amento do CD foi um momento m?gico em sua carreira. "Eu j? tinha gasto todo meu dinheiro com a produ??o e grava??o. S? faltava fazer a prensagem do CD, que ? muito cara. Em uma conversa de bar, o empres?rio Gean Gomes resolveu me apoiar. Demorei a acreditar, um apoio quando eu menos esperava. Pena que s?o poucos que seguem esse exemplo e que ap?iam os artistas da cidade", lamenta.

O disco foi lan?ado em 2004 em show ao vivo no Teatro Pr?-M?sica. A divulga??o das m?sicas foi feita na propaganda boca-a-boca do p?blico. Desde ent?o, Gilberto conta que ? gratificante a procura por suas m?sicas e a repercuss?o que alcan?ou com esse primeiro trabalho. "Deu um ?timo retornol. O pessoal de Juiz de Fora passou a conhecer minhas m?sicas", observa.


No momento, o cantor prepara seu segundo ?lbum. A expectativa ? fazer um CD ao vivo e ac?stico com algumas m?sicas consagradas no cen?rio nacional, outras do primeiro disco e a maioria com can?es in?ditas. "Esse disco n?o tem previs?o para ficar pronto. Estamos preparando um ?lbum mais trabalhoso para termos uma repercuss?o de n?vel nacional. O objetivo ? fazer um CD de alta qualidade e por isso vamos desenvolver aos poucos esse projeto", revela Gilberto.

O cantor vive a expectativa de ter seu trabalho reconhecido pelo grande p?blico. Segundo ele, esse ? o maior objetivo da carreira. "Quando acreditamos que um sonho pode se concretizar, ? porque ele est? perto de acontecer. Acredito nisso, por isso existe todo esse cuidado em cima desse novo trabalho", ressalta.

A carreira

A influ?ncia da fam?lia foi essencial para Gilberto come?ar sua carreira. "Desde que eu tinha uns seis, sete anos, era minha m?e que cantava v?rias m?sicas l? em casa. Fui gostando e peguei gosto pela m?sica. Fiquei mais voltado para can?es de qualidade e aprendi a cantar", revela.

Foi aos 17 anos que o artista come?ou a se apresentar junto ao m?sica Luiz Gonzaga Soares. Para Gilberto, foi este o seu grande mestre. "Ele tocava viol?o e eu cantava. At? que ele me pediu para guardar o viol?o dele l? em casa. Falei que s? faria isso se ele me ensinasse a tocar. Ele topou e me ensinou os primeiros acordes. A partir da?, comecei a compor minhas pr?prias m?sicas", conta.

No come?o, as apresenta?es aconteciam em festivais, barzinhos e lanchonetes. Com o elogio recebido do p?blico, Gilberto passou a se dedicar mais a m?sica. "Eles falavam que eu tinha boa voz, que eu poderia dar certo na ?rea. Comecei a aprimorar e a desenvolver meu pr?prio trabalho e a definir meu estilo", explica. Depois vieram mais shows que j? foram apresentados em v?rias cidades de Minas, S?o Paulo, Rio de Janeiro e Esp?rito Santo.

Hoje, Gilberto se apresenta em bares da cidade e j? tem shows com a datas a serem confirmadas em Barbacena e Belo Horizonte. A expectativa ? de gravar o segundo CD ao vivo, no Cine-Theatro Central.

Falta de apoio e espa?os

Gilberto avalia que em Juiz de Fora h? muitos barzinhos que oferecem espa?o para os m?sicos, mas que eles n?o s?o os locais ideais para apresenta??o de trabalho.

"Tocar em lugares assim ? muito diferente. N?o ? um show. ? uma sess?o de m?sicas ao vivo para descontrair o p?blico. Poucos s?o os que prestam aten??o em can?es in?ditas que est?o sendo apresentadas", explica.

Por essa raz?o, o artista acredita que faltam espa?os e apoio para shows de artistas locais na cidade. "S?o raros os empres?rios que apostam e investem nos artistas. Eles n?o sabem que podem pagar seus impostos apoiando a cultura, investindo no pessoal local. Parece que poucos conhecem a lei de incentivo ? cultura. A cidade est? repleta de artistas de qualidade. Falta algu?m que patrocine esses talentos", avalia Gilberto.

*Thiago Werneck ? estudante de jornalismo da UFJF