Alex Bagal
Procura pela gin?stica de trampolim aumenta, em Juiz de Fora,
ap?s sucesso da ga?cha Daiane dos Santos
S?lvia Zoche
11/08/04
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Em Juiz de Fora, a modalidade de gin?stica praticada ? a de trampolim
(disciplina da gin?stica art?stica em que o atleta executa saltos acrob?ticos
no trampolim, duplo mini trampolim e tumbling) diferente da ol?mpica. Como explica o professor e t?cnico, Deber
Zambelli, (foto abaixo) as duas modalidades possuem os mesmos elementos, mas em aparelhos
diferentes. Mesmo assim, a procura pelo esporte tem
aumentado na cidade.
No n?cleo de esporte - escola Estadual Jos? Eutr?pio - em que Deber d? aula,
ele percebeu que a procura quadruplicou. "Depois que a Daiane saiu na m?dia,
divulgou mais a gin?stica. Eu tinha 30 alunos, hoje eu tenho 120 no n?cleo e
no col?gio em que dou aula, eu tenho 60 alunos. A procura est? muito grande
e eu acho que a gente da gin?stica tem que aproveitar isso", diz.
O professor e t?cnico, Wanderson Zambelli, (foto abaixo) tamb?m percebeu
um aumento significativo na procura pelo esporte. Segundo Wanderson, as meninas s?o as que mais
t?m interesse pela gin?stica, mas os garotos passaram a se interessar mais
pelo esporte este ano.
"Aqui no col?gio em que dou aula j? n?o tem vaga", fala.
A gin?stica, independente de ser ol?mpica ou de trampolim, exige treino,
disciplina e garra, porque se o objetivo ? ganhar, ? importante
tamb?m que o
atleta saiba perder e isso exige controle psicol?gico. Wanderson exemplifica com o caso de uma aluna que fazia gin?stica, h? alguns anos, mas
desistiu, por n?o ag?entar a press?o psicol?gica das competi?es. Deber fala
de um aluno seu que sempre ganhou medalha de ouro. Quando ficou em 2? lugar
em uma competi??o, n?o parou de chorar e precisou conversar com a
psicopedagoga do col?gio.
Talento
Segundo Deber, os pr?prios pais j? percebem se a crian?a leva jeito para
gin?stica. "Eles v?em se ela ? agitada, corre
muito, pula demais e possui flexibilidade", diz.
Mas antes ? preciso pedir exames m?dicos para
saber se a crian?a est? com a sa?de em ordem e depois ? feito um teste f?sico
com o t?cnico. Estando apta, a crian?a pode ir para a escolinha ou equipe. "A crian?a tendo talento, vai direto para equipe. Por exemplo, o vice-campe?o brasileiro Rafael Barbosa, de 10 anos, tem somente
quatro meses de gin?stica. Ele completou a minha
equipe masculina", diz orgulhoso.
No caso de Daiane, Deber diz que ela ? uma atleta de alto n?vel por ter
talento, for?a de explos?o grande e for?a de vontade. "Ela j? fez v?rias cirurgias no joelho e uma recente agora em junho,
mas acho que se ela for para final, ser? primeiro lugar. Ela tem
for?a de vontade para lutar e ir em frente".
Treino
Mas antes ? necess?rio aquecer o corpo, no m?nimo, 15 minutos antes de
saltar. De acordo com os t?cnicos, a crian?a aquece o corpo r?pido por
ser mais flex?vel. A partir dos 13 anos, ? preciso aquecer de 30 a 40 minutos.
Como os atletas de Deber e de Wanderson est?o na faixa est?ria entre cinco e doze anos, os
campeonatos tornam-se muito cansativos e as crian?as ficam nervosas. "S?o
crian?as pequenas e n?o ag?entam carga excessiva de treino", diz Deber.
O mais indicado ? que o atleta comece neste esporte quando ainda ?
crian?a.
Wanderson explica que os pequenos n?o t?m medo das acrobacias. "Quando a
gente come?a a ensinar, eles n?o t?m muita no??o de risco e com os maiores
temos que trabalhar o medo".
O mais novos na turma de Deber est?o com cinco anos e na de Wanderson, com
tr?s. Mas isto n?o impede que garotos de 12 anos ingressem neste esporte. Acima de tudo, ? preciso talento.
Os treinos dos atletas s?o intensificados quando est? pr?ximo de
competi?es. Os exerc?cios acontecem, geralmente, de segunda a s?bado, com
descanso no domingo e cerca de tr?s horas di?rias de atividades.