João Greg?rio
Boxeador que fez hist?ria nos ringues nacionais
Colabora??o:
*Renata Silva
19/10/04
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"Na ?poca, tinha apenas 15 anos e vi
um novo vizinho chegando com luvas de boxe, m?scaras e materias de treinamento.
Ajudei a carregar tudo aquilo, fiquei muito interessado e resolvi treinar", recorda. Para concretizar a nova paix?o, o jovem ingressou na Pol?cia Militar de
Minas Gerais, j? que l? poderia ter aulas de boxe com o vizinho,
Chouber, professor da Academia. "A PM aceitava menores em seu corpo, por isso fui em
busca da oportunidade", diz. O atleta confessa que no in?cio ficou entusiasmado com a credibilidade e o
respeito que os lutadores de sucesso adquiriam na sociedade e isso fez com que seu
esfor?o aumentasse. "Faz?amos disputas entre mineiros e cariocas e
acontecia aquela vaidade de aparecer na TV, nos jornais e ser admirado pelas
garotas". A ilus?o do adolescente foi respons?vel pela cria??o de um reconhecido atleta.
"Com o tempo, vi que o neg?cio era disciplina e passei a investir
nisso", conta. Lutador, policial e professor Deste trabalho, ele destaca com orgulho a amizade e confian?a das crian?as
da regi?o. "N?o era um repressor, mas um educador. As pessoas se assustavam com
a id?ia de um lutador nas escolas, mas depois entendiam a minha mensagem",
conta emocionado.
Jo?o recorda que seu trabalho na Pol?cia Militar sempre esteve ligado ao
mundo dos esportes. "Dava aula para os soldados de defesa pessoal e logo
ap?s, fui professor de educa??o f?sica em algumas escolas das cidades de
Belmiro Braga, Lima Duarte, Guidoval, S?o Geraldo, Cataguases e Ub?".
A revolu??o do "mestre" foi t?o grande que at? as meninas passaram a se interessar pelo esporte. "Muitas tinham atestado m?dico porque n?o gostavam da educa??o f?sica, mas resolveram fazer as atividades".
O contato direto com a realidade estudantil fez com que Marrom percebesse as defici?ncias da ?rea e junto com a comunidade promoveu campanhas para a constru??o de quadras esportivas. "Criamos uma ponte entre prefeituras, pol?cia e sociedade civil, foi bom para todos", relembra.
A not?cia Marrom "Mesmo o p?blico que n?o se interessava por lutas ficava emocionado com os
golpes e todo aquele ambiente", diz. Greg?rio compara esse tipo de luta ao
trabalho de um dubl? e garante que os golpes doem de verdade. "A ?nica
diferen?a ? que se o sangue escorre, n?s fazemos com que ele se espalhe por todo o corpo para dar mais
emo??o ao p?blico". Entre os casos mais marcantes, ele recorda o de um show no qual um
menino era massacrado por um homem de 100 quilos e p?blico quase subia no
ringue para defend?-lo. "Nessa apresenta??o era tudo bem montado e o garoto
n?o sofria nada".
No show c?mico, perucas e dentaduras eram usadas como um art?ficio para arrancar gargalhdas do p?blico. "Os lutadores colocavam perucas e simulavam o arrancar do couro cabeludo, era engra?ad?ssimo".
O destino do boxeador Renata Silva ? estudante do 7? per?odo da
Faculdade de Comunica??o da UFJF.