Samuel Dutra de Souza
Jogador de futebol tornou-se profissional e agora vai tentar a vida em um clube do interior de S?o Paulo, de olho no exterior
Ricardo Corr?a
Rep?rter
11/01/2006
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O sonho que os garotos buscam na peneira realizada no Tupi, Samuel j?
realizou. Foi em 2004, quando vestiu a camisa dos profissionais do Galo. Mas
antes disso, caminhou bastante no futebol e quase perdeu a conta dos
obst?culos que precisou superar.
A hist?ria come?ou ainda quando crian?a, quando jogava bola na rua como a
maioria das crian?as. Mas no caso de Samuel caminho foi diferente. Ele logo
come?ou a fazer escolinha de futebol. O ano era 1988 e ele ingressou no
Tupi, onde ficou at? 1993. De l? transferiu-se para o rival Sport Club Juiz
de Fora e n?o teve d? de seu ex-clube. Lembra-se dos dois gols que fez na
vit?ria do Periquito sobre o Galo, em 05 de agosto daquele ano. Os dois gols
n?o foram os ?nicos na temporada e por isso Samuel acabou ganhando de
presente a convoca??o para a Sele??o Juvenil de Juiz de Fora, que iria
disputar um torneio em Divin?polis.
A dupla jornada seguiu at? 1997, quando ele voltou a e se dedicar
exclusivamente ao futebol de campo. E a aposta deu resultado. Samuel foi
campe?o invicto pelo Sport Club Juiz de Fora e acabou ganhando proje??o para
voltar ao Tupi, onde iria conquistar tr?s t?tulos. Novos rumos
Foi no Americano que Samuel come?ou a ter contato com grandes equipes do
futebol brasileiro. Atuou contra o Flamengo, Madureira, Campo Grande, Bangu,
S?o Crist?v?o, Botafogo e v?rias outras equipes e comemorou a artilharia do
Campeonato da Cidade de Campos.
Mas a trajet?ria estava no in?cio, afinal faltavam ainda alguns passos para
chegar ao sonho de se tornar jogador profissional. Em 2000, ele ficou perto
disso. Depois do Campeonato Brasileiro Juvenil, o atacante foi destacado
para o grupo de juniores do clube, categoria na qual disputou o Campeonato
Carioca. A profissionaliza??o
Mas o futebol tem altos e baixos e a vida promissora no Americano foi
interrompida em 2002, quando trocou a camisa preta e branca por uma outra
bem mais chamativa: a rosa choque do Rio Branco, rival do Americano na
cidade. Foi com essa camisa e com uma outra por baixo que ele viveu o
momento mais emocionante da carreira.
"O que mais me marcou foi quando eu joguei com a camisa em homenagem ao meu
pai por baixo e fiz o gol. Era o primeiro jogo contra o Americano, clube do
qual eu tinha sa?do, e meu pai estava l?. Ap?s o gol consegui ir l? com a
camisa abra?ar ele, que sempre me apoiou", contou Samuel, sem pensar
muito. "O mais dif?cil era quando estava fora de casa. A quest?o da alimenta??o, o
aperto que ?. E em alguns clubes que passei a concentra??o n?o era t?o boa.
Chegou ao ponto de uma vez dormirmos na arquibancada de um est?dio, de tanto
calor que havia dentro da concentra??o", lembrou Samuel.
Depois de jogar no Tupi, Samuel voltou para Campos. Mas n?o apenas para
jogar bola e sim para terminar a Faculdade de Educa??o F?sica, que nunca
abriu m?o de fazer. Formou-se e durante o ano de 2004 jogou novamente no Rio
Branco e depois no Goytacaz, completando o trio das grandes equipes da
cidade. Depois voltou a Juiz de Fora para fazer o mesmo. Em 2005 atuou no
time que o Tupynamb?s montou para disputar torneios amadores e fechou tamb?m
o ciclo dos tr?s grandes clubes de Juiz de Fora. Futuro promissor
"Tive propostas do exterior, para jogar na Tun?sia e depois em Israel, mas
acabei avaliando que ainda n?o era vantajoso", contou Samuel, que no entanto
sabe exatamente que ? fora do pa?s que quer chegar.
"Estou bem fisicamente, vou trabalhar forte l? no interior de S?o Paulo,
onde a m?dia ? muito forte, e espero fazer um bom campeonato. J? est? no
momento de pensar em ir para fora do Brasil", diz Samuel, no entanto sem
revelar ainda qual o time com o qual fechou em terras paulistas. Ele se
apresenta ainda neste m?s ? nova equipe. E, agora j? profissional, tem os
sonhos renovados.
Mas o atacante durante muito tempo se dividiu entre os campos e as quadras.
Em 1995 voltou ao futsal, esporte em que come?ou a carreira. Atuou pelo E.
C. Mariano Proc?pio, mas seguiu jogando no Sport, tendo conquistado a
artilharia do Campeonato da Liga de Futebol de Juiz de Fora com 12 gols.
Em 1999, o atacante voltou a ser convocado para a Sele??o de Juiz de Fora e
disputou um torneio na cidade de Campos, no interior do Rio de Janeiro. Foi
apenas para representar Juiz de Fora mas acabou ficando por l?. ? que os
dirigentes do time preto e branco gostaram da atua??o de Samuel e decidiram
apostar nele para ingressar em seu time juvenil.