Casamento e astrologia: mito e verdade

Por Angeliza Lopes Aquino

Astral casamento

Vez por outra, jornais e revistas investem contra a astrologia e registraram, com o costumeiro espalhafato e sensacionalismo, uma ou outra “pesquisa” que contesta dados deste ancestral ramo do conhecimento humano, levantando as habituais escaramuças entre pseudo-cientistas e pesquisadores de pouca bagagem e os milenares princípios que regem a pesquisa e o estudo da influência dos astros em nosso cotidiano.

Há algum tempo, um pesquisador inglês, David Voas até então um desconhecido estatístico do Centro de Estudos para Censos e Pesquisas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, divulgou dados de uma “pesquisa” na qual constata que “é impossível argumentar que pessoas de alguns signos atraem mais as de outros”.

Com um estudo do qual se baseou como metodologia apenas na seleção de datas de nascimento de “10 milhões de casais no Reino Unido”, o estatístico da velha Albion avançou em conclusões que mostram seu desconhecimento dos princípios básicos da astrologia mais séria.

E, pior que isso, o colocaram no ridículo campo dos cientistas que concluem dados que consideram “verdade” baseado em erro de dados colhidos de forma aleatória, sem respeito aos princípios mais elementares de um estudo que tem 6 mil anos e que nas suas conclusões mais sérias jamais considerou que data de nascimento, ou seja, o signo solar, elemento único para análise de combinação entre duas pessoas.

É sabido pela maioria das pessoas com um conhecimento primário de astrologia que a combinação entre duas ou mais pessoas só pode ser analisada e interpretada com a apuração de seus respectivos mapas astrais e um comparativo sério entre as posições planetárias nas suas casas e signos.

E isso significa nada menos que a necessidade de interpretação de 24 aspectos diferentes para se chegar a um resultado minimamente razoável.

A esse processo de análise, conhecido por “mapa de sinastria” – a combinação de pessoas por seus signos astrológicos – é referenciada há séculos, desde que a astrologia foi sistematizada pelos principais pensadores gregos, depois que o conhecimento difundido pelos caldeus se espalhou pelo mundo, antecipando a chegada da própria astronomia, a dileta filha-científica da astrologia.

Da mesma forma com que “pesquisadores” e “cientistas” sedentos de notoriedade fazem regularmente ao discutir a validade do horóscopo publicado pela imprensa – sabidamente um difusor de princípios de astrologia por mero entretenimento – pesquisas desse tipo nos remetem ao mais simplório dos julgamentos da estatística, uma ciência séria e que habitualmente parecem desprezar. Tais “estudos”, como o realizado pelo estatístico britânico, envolveu “ 10 milhões de casais” – o que nos parece ser a toda a população casada da Grã Bretanha – se assemelham bastante a uma das costumeiras fórmulas de manipulação de dados estatísticos, tão em voga na imprensa sensacionalista londrina.

Por essas fórmulas, poderíamos, da mesma maneira, afirmar que os motoristas ingleses têm hoje maior destreza no uso da mão esquerda para passar a marcha em seus automóveis que seus congêneres brasileiros, afirmando que a pesquisa envolveu 97,8% dos cidadãos habilitados do Reino Unido e 32 milhões de motoristas no Brasil. O estudo seria válido desde que não informássemos que os veículos na Inglaterra têm volante posicionado á direita e no Brasil, à esquerda e o câmbio obviamente à esquerda também.

Esses lamentáveis estudos que recebem destaque de revistas e jornais sedentos de novidades e sensacionalismo, vem se contrapor aos modernos análises que mostram a influência de campos gravitacionais e dos movimentos de atração e repulsão planetária sobre todas as formas de vida, aqui e no universo por inteiro.

Por isso, cabe afirmar que a arrogância desses “pesquisadores” faz parte de um processo antigo de detratação do conhecimento astrológico por mera ignorância de quem o condena.

Habitualmente, essas pessoas fingem desconhecer que a força gravitacional de um mero pedaço de rocha deslocado da Terra e posicionado como nossa Lua, provoca efeitos tão fortes que nos fazem prever marés, ciclos de crescimento de pelos, época de incidência maior de surtos psiquiátricos, períodos de ciclos menstruais nas mulheres e nas fêmeas do mundo animal ou ocasiões propícias ou não ao plantio dos mais diferentes tipos de vegetais.

E mais, que as forças geradas pelas explosões solares são capazes de interferência de tal ordem em nosso minúsculo planeta que mudam de condições para transmissão de dados até a regulação do humor das pessoas.

E nos referimos a apenas duas diminutas e insignificantes forças diante do conjunto de vibrações emanadas por gigantes planetários, astros de maior grandeza que o nosso Sol, de galáxias, constelações e nebulosas que promovem nos céus o mais notável balé da natureza.

E isso em constante movimento sem choques e desvios que permitem ao conjunto do universo a sua caminhada ordenada desde o big-bang inicial ao fim intuído pelos mais avançados físicos e astrônomos.

A arrogância humana de nos considerar imunes a essas forças, desvinculados de todos os demais seres e corpos no Universo, mostra bem o desejo do homem de se mostrar maior que Deus e maior que o próprio Universo que lhe governa força e vida.

E essa mesma arrogância leva tais “pesquisadores” a avançar pelo que não conhecem e daí tirar conclusões que só têm por efeito levá-los, por sua ignorância, às manchetes sensacionalistas de uma imprensa de seriedade duvidosa.

Na totalidade desses estudos, os “pesquisadores” quase sempre acabam por admitir, como o fez candidamente o estatístico inglês que se toma por base para suas conclusões, apenas a data do nascimento dos casais.

Isso faz evidente e suspeita a confissão de que tais métodos não se casam com a seriedade de qualquer análise científica, da mesma forma com que insinuam o que não pode ser comprovado. Isso deixa de ser ciência para cair no terreno movediço da mera especulação sensacionalista.

Este estudo é melhor detalhado na coletânea "Você e seu signo" com um volume para cada signo - de autoria de Max Klim, editada pela Editora Nova Era do Grupo Editorial Record.