Representante da indústria não assina manifesto e diz que processo eleitoral da Fiesp não é participativo

Por JOANA CUNHA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), José Ricardo Roriz, adversário de Josué Gomes na eleição pela presidência da Fiesp no ano passado, entrou no debate sobre o papel da federação das indústrias na divulgação do manifesto pró-democracia, que vem gerando discórdia no setor.

Roriz fez analogia entre os manifestos que pedem democracia no país e as eleições da Fiesp e do Ciesp, cuja presidência ele também disputou em 2021, mas perdeu para Rafael Cervone Netto.

Questionado pelo Painel S.A. sobre o debate interno em relação ao manifesto, o presidente da Abiplast, que não subscreveu, disse que prefere estar envolvido em questões que aumentem a competitividade da indústria.

Disse também que se Fiesp e Ciesp quiserem defender a democracia brasileira, não deveriam usar como modelo o processo eleitoral das entidades. "[O sistema das entidades] não é participativo, não dá as mesmas oportunidades aos candidatos, não tem debates e é centralizado na mão de poucos", afirma.

A fala de Roriz resgata as queixas que ele fez em 2021, reclamando que seu concorrente, Cervone, se recusava a fazer debates antes da eleição do Ciesp. No caso da disputa pela presidência da Fiesp, Roriz tentou registrar sua chapa, mas disse que o prazo dado pela entidade foi curto demais para coletar as assinaturas suficientes.