Quinto suspeito de matar ganhador da Mega-Sena é preso; crime faz 1 mês

Por FRANCISCO LIMA NETO

CAMPINAS, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (14) em Piracicaba, a 136 km de São Paulo, o quinto suspeito de participação no sequestro e morte do ganhador da Mega-Sena em Hortolândia, Jonas Lucas Alves Dias, 55. Segundo os investigadores, é o último suspeito identificado a ser localizado.

Em contato na delegacia, o escrivão não soube informar se ele já tem advogado. A Folha procurou a delegada responsável pelo caso, mas as ligações não foram atendidas. A informação na delegacia é que ela está em audiência e não concederia entrevistas nesta sexta.

A prisão ocorreu pela manhã e foi efetuada por agentes da 3ª Delegacia de Homicídios da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba, com apoio do helicóptero Pelicano, da Polícia Civil, da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e da 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes).

O jovem preso já tinha um mandado de prisão temporária expedido contra ele. Já estavam presos três homens, com 22, 38 e 48 anos, além de uma mulher de 24, todos sob suspeita de participação no crime.

Segundo os delegados responsáveis pela investigação, o crime foi motivado pelo prêmio que a vítima conquistou após fazer uma aposta em uma lotérica do Jardim Nova Europa, em Campinas, em setembro de 2020.

Alves Dias ganhou R$ 47,1 milhões da Mega em setembro de 2020. Naquela ocasião, outra aposta também levou o mesmo valor. Ele não era casado nem tinha filhos e vivia com uma irmã e um irmão em uma casa simples.

A vítima desapareceu na terça-feira, 13 de setembro, depois de sair para caminhar no bairro onde vivia, o Jardim Rosolém.

Na quarta, Dias foi encontrado na alça da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), altura do Jardim São Pedro, em Hortolândia, com sinais de espancamento. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Houve diversas tentativas de saques e transferências da conta de Dias, uma delas no valor de R$ 3 milhões.

No decorrer das investigações, Juliana Ricci, delegada titular da Deic de Piracicaba, disse que os autores do crime sabiam que a vítima tinha dinheiro.

"Eu posso afirmar que [o autor] sabia que a vítima tinha muito dinheiro, mas não especificamente que ele tinha ganhado na Mega-Sena, mas que ele tinha dinheiro com certeza sabia, sim", disse.