RJ confirma segunda morte por varíola dos macacos, 3º óbito no Brasil

Por ALÉXIA SOUSA

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou a segunda morte por varíola dos macacos, o terceiro óbito no país. A vítima é um homem de 31 anos de Mesquita, na Baixada Fluminense.

Nesta segunda (3), o paciente apresentava baixa imunidade e comorbidades, que agravaram o quadro da doença. Ele foi internado em 31 de agosto na Fiocruz, e transferido, em 2 de setembro, para o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, na capital fluminense.

O paciente recebeu tratamento com o medicamento experimental tecovirimat. Segundo a pasta, houve melhora parcial das lesões. No entanto, no último sábado (1º), ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Até esta segunda (3), o estado acumulava 1.064 casos confirmados de varíola dos macacos e 123 prováveis, segundo a secretaria. Outros 384 casos suspeitos continuavam em investigação e 2.043 foram descartados.

Os casos suspeitos são aqueles em que os pacientes, de qualquer idade, apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva para varíola dos macacos única ou múltipla, em qualquer parte do corpo.

Também podem apresentar edema nos órgãos genitais, podendo estar associada a outros sinais e sintomas.

Os casos prováveis são os que a pessoa tem um ou mais dos critérios listados como exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória, ou contato físico direto com parcerias múltipla, entre outros.

O estado confirmou a primeira morte em agosto, em Campos dos Goytacazes, no norte do estado. No Brasil, o primeiro óbito por varíola dos macacos foi registrado em Minas Gerais, em 29 de julho. Nos dois casos, os pacientes também apresentavam comorbidades.

De acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde, fechado na última sexta-feira (30), o país tem 7.869 casos confirmados de varíola dos macacos e investiga 4.905.

São três mortes no país por varíola dos macacos, sendo uma em Minas Gerais e duas no Rio de Janeiro.

Desde o dia 23 de julho, a doença é considerada emergência sanitária global, o nível mais alto de alerta declarado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).